Amor ou Apego

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“Quando um(a) namorado(a) nos abandona, um parente próximo morre ou perdemos uma grande soma de dinheiro, nossa vida desmorona. Sem o status ou aquela pessoa querida, parece que nada mais tem importância. Mas, diferentemente do que costumamos pensar, essa sensação que nos aflige nada tem a ver com amor, e sim com apego.” 

Você já viveu alguma dessas situações e se sentiu perdido, vazio, impotente? A partir dessa indagação, Jaime Jaramillo escreveu seu livro EU TE AMO MAS SOU FELIZ SEM VOCÊ, onde trata da necessidade de reconhecer onde reside o amor, e onde reside o apego em nossas vidas relacionais - com pessoas, objetos ou situações. A idéia que defende é de que o verdadeiro amor é uma arte divina e libertadora, enquanto o apego um carcereiro que aprisiona e faz sofrer, e aponta que a solução real para poder viver feliz é viver sem apegos, e que essa solução não encontra-se ao lado de fora e não depende de nada nem de ninguém. Ao contrário, está dentro de cada ser humano. 

O engenheiro Jaramillo (que bem poderia ser psicólogo), ao longo de sua vida conheceu e trabalhou com milhares de pessoas pelo mundo afora, como bem diz, desde os mais santos e iluminados, até os criminosos mais desapiedados, e ficou impressionado ao ver que, mesmo provindo de diferentes raças, culturas, religiões e classes sociais, a maioria das pessoas está cheia de medos, temores e apegos, com o sofrimento permanentemente presente em suas vidas. Para o autor, o amor é um sentimento que não cria obrigações nem expectativas, ao contrário do apego. O amor liberta do apego, e assim a pessoa pode experimentar o mundo através da liberdade, sem depender de nada nem de ninguém para ser feliz, embora possa continuar amando e sendo amado. Produz, ainda, o raciocínio que permite ao leitor criticar e refletir sobre como passa a vida procurando a felicidade fora de si, e que por isso, quando o objeto eleito como o eliciador da felicidade desaparece, advém o grande vazio interior, como se na vida, nada mais fizesse sentido. A sensação, neste momento, é de que a pessoa já não se basta para ser feliz. 

Apresenta também, no livro, algumas técnicas que permitem, além da crítica, exercícios reflexivos que podem conduzir à produção de um novo estilo de viver e pensar a vida, amando sem precisar depender ou aprisionar. Resolvi apresentar esse livro por tê-lo lido e julgado mais que pertinente para uma grande quantidade de pessoas que sofrem. O livro também serve para os que ainda não sofreram, como um profilatico excelente e preventido importante para um incremento em termos de qualidade de vida. 

Roberte Metring

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