Transtorno Bipolar - Como atua e Tratamento necessário
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O Transtorno Afetivo Bipolar (antiga Psicose Maníaco-Depressiva) caracteriza-se pela presença de fases depressivas, geralmente graves, e uma ou mais fases maníacas num indivíduo. Entre as fases, a pessoa se apresenta "normal".
Mania é um estado de elação: persistência anormal do humor elevado, expansivo, irritado, alegre, animado, e de muita atividade, oposta à depressão. Estas fases podem ocorrer sem uma ordem pré-estabelecida, ou seja, pode haver mania seguida de mania, depressão seguida de depressão, mania seguida de depressão, depressões e apenas uma fase de mania, etc. Não corresponde à mania dita popularmente (hábitos repetitivos numa pessoa). É perceptível que a pessoa encontra-se fora do seu normal habitual. Uma autoestima extremamente elevada, com grandiosidade, podendo atingir proporções delirantes: o indivíduo passa a acreditar que é uma pessoa importante do meio político, religioso ou é próximo a Deus (quando a crença se torna uma verdade absoluta, estamos diante de um delírio). Sente-se cheio de energia, porém, pode haver muita irritabilidade e labilidade (oscilação) do humor. Apresenta uma desinibição sexual intensa, podendo chegar à promiscuidade.
É subdividida em tipo I e tipo II. O Transtorno Bipolar do Tipo II apresenta depressões e hipomanias, que correspondem a um quadro de mania, porém mais leve.
A Fase Depressiva é um quadro de depressão em tudo semelhante à Depressão Maior. A Fase Maníaca caracteriza-se por uma grande elevação do humor, levando a exaltações, alegrias, irritação, explosividade, agressividade. Durante a fase, deve ocorrer três ou mais sintomas a seguir:
Autoestima inflada, grandiosidade
Falante, pressão para falar
Fuga de ideias, "pensamento está correndo muito"
Distraibilidade
Aumento de atividades direcionadas para um objetivo
Agitação psicomotora
Prazer em atividades perigosas (comprar em excesso, indiscrições sexuais, investimentos financeiros descabidos, etc.)
O sono quase desaparece ou desaparece totalmente, a pessoa está sempre com altíssima energia, uma hiperatividade que não permite que fique quieto por minutos.
Seu pensamento se torna extremamente rápido, com dificuldade de interrupção, chegando ao que se chama "fuga de ideias" (velocidade extrema do pensamento, onde ocorrem associações de ideias através de semelhanças e/ou por sons, porque uma ideia se interpõe a outra devido à pressão à qual estão submetidos os pensamentos).
O tom de voz é geralmente elevado e ficam falantes. Os indivíduos se sentem muito bem, infalíveis, não havendo limites para nada, tudo é permitido e realizável. Do mesmo modo que ficam irritados, esquecem facilmente.
Inicia-se geralmente na adolescência, porém não é via de regra. O início pode ser gradual ou abrupto.
O Transtorno Bipolar tem fatores desencadeantes psicológicos ou sociais estressantes, fatores genéticos ou biológicos como na Depressão Maior, porém, provavelmente sua causa é genética (hereditária). Os fatores genéticos (biológicos) podem determinar como a pessoa reage frente aos estímulos estressantes da vida.
TRATAMENTO
Muitas vezes, o indivíduo que só apresenta fases de depressão até então; recebe o diagnóstico de Transtorno Afetivo Unipolar. Só é feito o diagnóstico de Transtorno Bipolar quando ocorre pelo menos uma fase de mania.
Trata-se com medicamento, indicado por médico psiquiatra ou neurologista, ao menos até um equilíbrio entre consciente e inconsciente, e,
Psicoterapia: embora se diga que não tem cura", a psicologia analítica junguiana trabalha, através de suas técnicas, com efetividade no controle do humor.
Luciana Sereniski
CRP 12/06912
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