Equilíbrio Emocional

Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) - Impulsividade - Parte 3

12:52


Impulsividade

A falta de controle do impulso faz com que muitas pessoas que têm DDA se metam em enrascadas. Elas podem dizer coisas inadequadas para os pais, amigos, professores, outros empregados, ou clientes. Uma vez eu tive um paciente que foi despedido de 13 empregos, porque tinha dificuldade em controlar o que dizia. Ainda que realmente quisesse manter vários dos empregos, de repente punha para fora o que estava pensando, antes de ter a oportunidade de processar o pensamento. Decisões mal pensadas são ligados à impulsividade. Em vez de pensar bem no problema, muitas pessoas que sofrem de DDA querem uma solução imediata e acabam agindo sem pensar. De modo similar, a impulsividade faz com que essas pessoas tenham dificuldade de passar pelos canais estabelecidos do trabalho. Elas freqüentemente vão direto ao topo para resolver os problemas, em vez de seguir o sistema. Isso pode causar ressentimento dos colegas e supervisores imediatos. A impulsividade pode também levar a condutas problemáticas como mentir (diz a primeira coisa que vem a cabeça), roubar, ter casos e gastar em excesso. Eu tratei de muitas pessoas com DDA que sofriam da vergonha e da culpa oriundas desses comportamentos.

Nas minhas palestras costumo freqüentemente perguntar ao público: "Quantas pessoas aqui são casadas?". Uma grande porcentagem da platéia levanta as mãos. Depois eu pergunto: "É útil dizer tudo o que pensa em seu casamento?". O público ri, porque todos sabem a resposta. "Claro que não", eu continuo. "Os relacionamentos requerem tato." Mesmo assim, devido à impulsividade e à falta de pensar antes de agir, muitas pessoas que têm DDA dizem a primeira coisa que vem à mente. E, em vez de pedir desculpas por terem dito uma coisa que magoou, muitas tentam justificar por que fizeram a observação que magoou, só piorando as coisas. Um comentário impulsivo pode estragar uma noite agradável, um fim de semana, ou mesmo um casamento inteiro."

A busca do conflito

Muitas pessoas que sofrem de DDA inconscientemente buscam o conflito como uma maneira de estimular seu próprio córtex pré-frontal. Eles não sabem que fazem isso. Não planejaram fazer isso. Negam que fazem isso. E ainda assim o fazem. A relativa falta de atividade e estímulo do córtex pré-frontal anseia por mais atividade. Entrar em hiperatividade, desassossego, e ficar cantarolando são formas de auto-estimulação. Outro modo de as pessoas com DDA "tentarem ligar seus cérebros" é provocando confusão. Se elas conseguem que seus pais ou cônjuges tornem-se agitados ou gritem com elas, isso pode aumentar a atividade de seus lobos frontais e ajudá-las a sentirem-se mais sintonizadas. Novamente este não é um fenômeno consciente. Mas parece que muitas pessoas que têm DDA ficam viciadas em confusão.

Uma vez tratei de um homem que ficava quieto atrás de um canto de sua casa e pulava de repente para assustar sua esposa na hora em que ela fosse entrar. Ele gostava da mudança que obtinha com os gritos dela. Infelizmente para sua esposa, ela ficou com arritmia, devido aos sustos repetidos. Tratei de muitos adultos e crianças com DDA que pareciam sentir-se motivados fazendo seus animais de estimação ficar bravos, fazendo brincadeiras irritantes ou provocando-os.

Os pais de crianças com DDA comumente relatam que seus filhos são peritos em deixá-los bravos. Uma mãe me contou que, quando ela acorda de manhã, ela promete que não vai gritar nem ficar brava com seu filho de oito anos. Ainda assim, invariavelmente, na hora que ele vai para escola, já ouve pelo menos três brigas e os dois se sentem péssimos. Quando expliquei à mãe sobre a necessidade inconsciente que a criança tem de estimulação, ela parou de gritar com ele. Quando os pais param de oferecer estimulação negativa (gritos, surras, sermões, etc), diminui o comportamento negativo dessas crianças. Sempre que você se sentir como esses pais, pare e fale o mais suavemente que possa. Desse modo, você está ajudando seu filho a largar o vício de arranjar confusão e ao mesmo tempo colaborando para baixar sua própria pressão sangüínea.

Outra conduta de auto-estimulação comum em pessoas que têm DDA é se preocupar com ou se concentrar em problemas. O tumulto emocional gerado pela preocupação ou por estar aborrecido produz agentes químicos de estresse, que mantêm o cérebro ativo. Uma vez tratei de uma mulher que tinha depressão e DDA. Ela começava cada sessão me dizendo que iria se matar. Ela percebia que isso me deixava ansioso e parecia gostar de me dar os detalhes mórbidos de como o faria. Depois de conhecê-la bem, eu lhe disse: "Pare de falar em suicídio. Eu não acredito que você vá se matar. Você ama seus quatro filhos e não posso acreditar que os abandonaria. Acho que você usa essa conversa como uma maneira de criar agitação. Sem que você saiba, seu DDA faz com que você brinque de ‘Vamos criar um problema’. Isso estraga qualquer alegria que você possa Ter em sua vida". No começo, ela ficou muito zangada comigo (outra fonte de conflito, eu disse a ela), mas confiava em mim o suficiente para, no mínimo, observar seu próprio comportamento. Diminuir sua necessidade de criar caso tornou-se o foco maior da psicoterapia.

Um problema significativo do uso da raiva, tumulto emocional e emoção negativa para auto-estimulação é isso que é danoso ao sistema imunológico. Os altos níveis de adrenalina produzidos pelo comportamento direcionado ao conflito diminuem a eficácia do sistema imunológico e aumentam a vulnerabilidade à doença. Eu vi provas dessa deficiência muitas e muitas vezes, na conexão entre o DDA e infeções crônicas e na maior incidência de fibromialgia, dor muscular crônica que se considera associada à imunodeficiência.

Muitas pessoas que têm DDA tendem a se meter em brigas constantes com uma ou mais pessoas, em casa, no trabalho ou na escola. Elas parecem escolher inconscientemente pessoas que são vulneráveis e travam batalhas verbais com elas. Muitas mães de filhos com DDA me disseram que tinham vontade de fugir de casa. Elas não agüentavam o tumulto constante de suas relações com as crianças com DDA. Muitas crianças e adultos com DDA têm tendência de deixar os outros sem graça por pouca ou nenhuma razão, o que conseqüentemente faz com que suas "vítimas" se distanciem deles e isso pode resultar em isolamento social. Elas podem ser os palhaços da classe na escola, ou os espertinhos no trabalho. Witzelsucht é o termo que a literatura da neuropsiquiatria usa para caracterizar "o vício em fazer brincadeiras de mau gosto". Esse vício foi descrito inicialmente em pacientes que tinham tumores no lobo frontal, especialmente do lado direito.

Desorganização...Continua
Daniel G. Amen, M.D.

Equilíbrio Emocional

Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) - Foco - Parte 2

12:34


Pequeno âmbito de atenção

Um âmbito de atenção pequeno é a identificação desse distúrbio. Pessoas que sofrem de DDA têm dificuldade de manter a atenção e o esforço durante períodos de tempo prolongados. Sua atenção tende a vagar e freqüentemente se desligam da tarefa, pensando ou fazendo coisas diferentes da tarefa a ser realizada. Ainda assim, uma das coisas que muitas vezes enganam clínicos inexperientes ao tratar desse distúrbio é que as pessoas com DDA não têm um âmbito pequeno de atenção para tudo. Freqüentemente, pessoas que sofrem de DDA conseguem prestar muita atenção em coisas que são bonitas, novas, novidades, coisas altamente estimulantes, interessantes ou assustadoras. Essas coisas oferecem uma estimulação intrínseca suficiente a ponto de ativarem o córtex pré-frontal, de modo que a pessoa consiga focalizar e se concentrar. Uma criança com DDA pode se sair muito bem em uma situação interpessoal e desmoronar completamente em uma sala de aula com 30 crianças. Meu filho que tem DDA, por exemplo, costumava levar quatro horas para fazer um dever de casa que levaria meia hora, muitas vezes se desligando da tarefa. Mas se você lhe der uma revista sobre estéreo de carros, ele a lê rapidamente de cabo a rabo e se lembra de cada detalhe. Pessoas com DDA têm dificuldade em prestar atenção por muito tempo em assuntos longos, comuns, rotineiros e cotidianos, como lição de casa, trabalho de casa, tarefas simples ou papelada. O terreno é terrível e uma opção nada desejável para elas. Elas precisam de excitação e interesse para acionar suas funções do córtex pré-frontal.

Muitos casais adultos me dizem que, no começo de seu relacionamento, o parceiro com DDA adulto conseguia prestar atenção à outra pessoa durante horas. O estímulo de um novo amor ajudava-o a se concentrar. Mas quando a "novidade" e a excitação do relacionamento começavam a diminuir (como acontece com quase todos os relacionamentos), a pessoa com DDA tinha muito mais dificuldade em prestar atenção e sua capacidade de escutar falhava.

Distração

Como já mencionei acima, o córtex pré-frontal manda sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, sossegando os dados advindos do meio, de modo que você possa se concentrar. Quando o córtex pré-frontal está com hipoatividade, ele não desencoraja adequadamente as partes sensoriais do cérebro e, como resultado, estímulos em demasia bombardeiam o cérebro. A distração fica evidente em muitos locais diferentes para uma pessoa com DDA. Na classe, durante reuniões, ou enquanto ouve um parceiro, a pessoa com DDA tende a perceber outras coisas que estão acontecendo e tem dificuldade em se concentrar na questão que está sendo tratada. As pessoas que têm DDA tendem a olhar pelo quarto, desligar-se, parecer aborrecidas, esquecer-se de para onde vai a conversa e interrompê-la com uma informação totalmente fora do assunto. A distração e o pequeno âmbito de atenção podem também fazer com que elas levem muito mais tempo para completar seu trabalho.

Impulsividade...Continua...

Equilíbrio Emocional

Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA)

10:21


O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram muitos dos sintomas discutidos nesse capítulo, como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento. 

O DDA tem sido de particular interesse para mim nos últimos 15 anos. A propósito, dois dos meus três filhos têm essa síndrome. Eu digo às pessoas que entendo mais de DDA do que gostaria. Através de uma pesquisa feita com SPECT na minha clínica, com imagens cerebrais e trabalho genético feito por outras, descobrimos que o DDA é basicamente uma disfunção geneticamente herdada do córtex pré-frontal, devido, em parte, a uma deficiência do neurotransmissor dopamina. 

Aqui estão algumas das características comuns do DDA, que claramente ligam essa doença ao córtex pré-frontal. 

Quanto mais você tenta, pior fica 

A pesquisa mostrou que quanto mais as pessoas que têm DDA tentam se concentrar, pior para elas. A atividade no córtex pré-frontal, na verdade, desliga, ao invés de ligar. Quando um pai, professor, supervisor ou gerente põe mais pressão na pessoa que tem DDA, para que ela melhore seu desempenho, ela se torna menos eficiente. Muitas vezes, quando isso acontece, o pai, o professor ou chefe interpretam o ocorrido como um decréscimo de performance, ou má conduta proposital, e daí surgem problemas sérios. Um homem com DDA de quem eu tratei disse-me que sempre que seu chefe o pressionava para que fizesse um trabalho melhor, seu desempenho piorava muito, ainda que estivesse tentando melhorar. A verdade é que quase todos nós nos saímos melhor com elogios. Eu descobri que isso é essencial para pessoas com DDA. Quando o chefe as estimula a fazer melhor de modo positivo, elas se tornam mais produtiva. Quando se é pai, professor ou supervisor de alguém com DDA, funciona muito mais usar elogio e estímulo do que pressão. Pessoas com DDA saem-se melhor em ambientes que sejam altamente interessantes ou estimulantes e relativamente tranqüilos.

Esse texto foi retirado do livro: Transforme seu cérebro, transforme sua vida - Daniel G. Amen, M.D.


Como conheço o funcionamento cerebral das pessoas com DDA, sei que não iriam ler o texto completo num único dia, por isso postarei pouco a pouco, durante 5 dias. Leiam, garanto que os ajudará a se compreender mais.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

Amor ou Apego

09:48


“Quando um(a) namorado(a) nos abandona, um parente próximo morre ou perdemos uma grande soma de dinheiro, nossa vida desmorona. Sem o status ou aquela pessoa querida, parece que nada mais tem importância. Mas, diferentemente do que costumamos pensar, essa sensação que nos aflige nada tem a ver com amor, e sim com apego.” 

Você já viveu alguma dessas situações e se sentiu perdido, vazio, impotente? A partir dessa indagação, Jaime Jaramillo escreveu seu livro EU TE AMO MAS SOU FELIZ SEM VOCÊ, onde trata da necessidade de reconhecer onde reside o amor, e onde reside o apego em nossas vidas relacionais - com pessoas, objetos ou situações. A idéia que defende é de que o verdadeiro amor é uma arte divina e libertadora, enquanto o apego um carcereiro que aprisiona e faz sofrer, e aponta que a solução real para poder viver feliz é viver sem apegos, e que essa solução não encontra-se ao lado de fora e não depende de nada nem de ninguém. Ao contrário, está dentro de cada ser humano. 

O engenheiro Jaramillo (que bem poderia ser psicólogo), ao longo de sua vida conheceu e trabalhou com milhares de pessoas pelo mundo afora, como bem diz, desde os mais santos e iluminados, até os criminosos mais desapiedados, e ficou impressionado ao ver que, mesmo provindo de diferentes raças, culturas, religiões e classes sociais, a maioria das pessoas está cheia de medos, temores e apegos, com o sofrimento permanentemente presente em suas vidas. Para o autor, o amor é um sentimento que não cria obrigações nem expectativas, ao contrário do apego. O amor liberta do apego, e assim a pessoa pode experimentar o mundo através da liberdade, sem depender de nada nem de ninguém para ser feliz, embora possa continuar amando e sendo amado. Produz, ainda, o raciocínio que permite ao leitor criticar e refletir sobre como passa a vida procurando a felicidade fora de si, e que por isso, quando o objeto eleito como o eliciador da felicidade desaparece, advém o grande vazio interior, como se na vida, nada mais fizesse sentido. A sensação, neste momento, é de que a pessoa já não se basta para ser feliz. 

Apresenta também, no livro, algumas técnicas que permitem, além da crítica, exercícios reflexivos que podem conduzir à produção de um novo estilo de viver e pensar a vida, amando sem precisar depender ou aprisionar. Resolvi apresentar esse livro por tê-lo lido e julgado mais que pertinente para uma grande quantidade de pessoas que sofrem. O livro também serve para os que ainda não sofreram, como um profilatico excelente e preventido importante para um incremento em termos de qualidade de vida. 

Roberte Metring

Autodesenvolvimento

Faça agora e pronto

09:43


Era uma vez um rei que possuía larga extensão de terras.

Habituado a caminhar pelo seu reino, certa ocasião o soberano irritou-se com a aspereza do solo que lhe feria os pés. Determinou que todas as estradas e todos os caminhos fossem cobertos por macios e belos tapetes. Todos os súditos se empenharam em realizar a louca e difícil tarefa imposta pelo monarca.

Passaram-se alguns anos sem que o trabalho pudesse ser concluído. Um dia, o exigente soberano, tomado por uma febre violenta, acabou morrendo sem ver seu desejo realizar-se. Um velho sábio, ao tomar conhecimento daquela estranha história, comentou: “pobre rei! Morreu sem concretizar seu sonho e sem saber o quão fácil isso poderia ter sido!”

Ante a surpresa e a discordância manifestada por aqueles que o ouviam, esclareceu: “se o rei não queria ferir-se com a aspereza dos solos, bastaria que cortasse dois pedacinhos de tapete e os colasse na sola de seus próprios pés. Se assim tivesse agido, para ele, todo o seu reino seria acarpetado.”

a.d.

Críticos sagazes, somos hábeis em tecer comentários cruéis a respeito de pessoas e de situações. Somos ágeis em relacionar o que não nos agrada nos mais diversos lugares e ambientes. Temos olhos de águia para criticar e condenar. Estabelecemos listas infindáveis de coisas a serem melhoradas e corrigidas pelos outros. Temos a convicção de que “se não fosse pelos erros dos outros o mundo poderia ser muito melhor.” Agimos como se fôssemos meros espectadores e como se não nos coubesse qualquer responsabilidade perante a vida. Esperamos que as coisas se resolvam por si só, ou ainda, que as outras pessoas façam algo por nós.

Queremos um mundo onde as estradas sejam acarpetadas para garantir maciez aos nossos pés, mas, esperamos que os outros cubram nossos caminhos com belos e ricos tapetes. Delegamos ao resto da humanidade a responsabilidade por toda a nossa desdita e pela nossa ventura.

Em virtude disso, vemo-nos destinados a reclamar infinitamente pela não realização de nossos sonhos. Sonhos esses que teriam grandes chances de se concretizar se nos dispuséssemos a fazer a parte que nos cabe. Não aguardemos pela iniciativa dos que nos cercam na realização do que a todos compete efetuar.

Quem cruza os braços em função da inércia alheia, confunde-se na multidão dos que nada fazem. Responsabilizar os outros não produz nada de útil. Apontar equívocos alheios não nos autoriza a ignorar os nossos próprios. Ser capaz de reclamar não nos aprimora, nem garante a correção das falhas que apuramos.

Abandonemos a acomodação que há tanto nos acompanha e livremo-nos das garras da preguiça que nos alicia. Tenhamos disposição para fazer o que nosso conhecimento e nossa capacidade nos permitem. Pouco a pouco, a gota corrompe a pedra. O raio de luz vence a escuridão. O vento move a montanha e esculpe as rochas. Demonstra a natureza que cada qual detém a possibilidade de alterar o que parece imutável. Cada um, singela e constantemente agindo, pode marcar a face da história e transformar o rumo da vida. Atos simples que não exigirão heroísmo, nem bravura, de nenhum de nós.

Pensemos nisso.