Autodesenvolvimento

Autoestima - O que a alimenta

16:13


Autoestima é a confiança que cada um tem na sua capacidade de pensar, confiança na sua habilidade para lidar com os desafios da vida, a convicção de que poderá afirmar as suas necessidades aos seus semelhantes, é acreditar que tem o direito de vencer e ser feliz. A autoestima é dinâmica para o psíquico, assim como o sistema imunológico é para o corpo.

A qualidade da autoestima não é sustentada pela quantidade de dinheiro, bens ou intensidade de consumo. Você pode ter tudo isso, é legítimo. Mas quanto pior é a autoestima, mais a pessoa necessita demonstrar status, poder, intelectualidade, dinheiro. O quanto se ama e se valoriza mantém ou não sua autoestima e consequentemente sua saúde mental.

Para a autoestima é importante você ter ações assertivas, tomar as atitudes com segurança e não tomar e se arrepender depois, pois isso vai gradativamente gerando autodepreciação, culpa, autopunição. A saída é sempre ser gentil consigo mesma. Quando acontecer das ações não serem assertivas é importante evitar o excesso de exigência à perfeição e imediatamente se perdoar pela tentativa que deu errada, evitando assim a autodepreciação, o sentimento de culpa, e consequentemente a autopunição, que prejudicam a autoestima. E cada vez mais buscar que as ações sejam conscientes.

Tudo que envolve autoestima envolve a consciência, porque é conhecendo a si mesmo que você saberá das suas capacidades para poder amá-las, valorizá-las e supri-las. Quando a pessoa ignora as suas necessidades, interesses e desejos e se sujeita a relacionamentos, tarefas e atitudes que contrariam suas convicções íntimas, ela estará se traindo, ferindo sua autoestima, exceto se ela faz aquela escolha consciente. Fique atenta a você, a como você fala, anda e se relaciona com as pessoas, suas manias, gafes, virtudes, isso é bom indicativo de como está sua autoestima. Reveja o inventário das coisas prediletas: cores, músicas, roupas, pessoas, comidas, pois a baixa autoestima pode nos fazer aceitar coisas que nem apreciamos.

Autoestima comporta a autoaceitação. Aceitar-se é estar do próprio lado, agir à seu favor. As pessoas com dificuldade de aprender normalmente são pessoas que não se aceitam. Quando não nos aceitamos, inconscientemente recusamos um crescimento significativo. O caminho para restauração é você empreender ações que visem despertar pensamentos e atitudes de autoafirmação, como repetir em voz alta: "Eu me respeito, tenho o direito de ser quem eu sou".  Muitas pessoas mudam de personalidade e não de atitudes.

Quem tem autoestima se considera responsável por sua própria felicidade. Chama o controle de sua vida para si. Tem intencionalidade, não compactua com: deixa a vida me levar, se Deus quiser, quem sabe um dia, vamos ver no que vai dar. Isso é transferir a responsabilidade para Deus, para a Vida, para o Universo. A autoestima não está preocupada com o resultado, mas com o que acontece enquanto se caminha em direção ao que se quer. 

A autoestima se ofende quando nos comportamos de forma conflitante com o que julgamos apropriado, perdemos o respeito por nós mesmos.  Ela solicita a integridade pessoal, a congruência entre aquilo que eu falo e faço. Parece muito, mas se tivermos essa responsabilidade de pensamento e sentimento congruentes nas pequenas coisas diárias, logo ali estaremos sendo exemplo de autoestima. E o mundo está precisando. 

Luciana Sereniski
CRP 12/06912


Deusas e a Mulher

Héstia/Vesta : deusa da Lareira e do Templo, mulher sábia e solteira

16:54


AS CARACTERÍSTICAS NÃO SÃO NEGATIVAS OU POSITIVAS. TUDO DEPENDE DA PERSONALIDADE E DO CONTEXTO. 

Representada pela chama viva no centro do lar, do templo e da cidade.

1 - Virgem venerável.

2 - Não são dominadas pelas características de Afrodite, sedução por exemplo.

3 - São difíceis de serem dominadas pelo prazer.

4 - É uma deusa honrada.

5 - Gosta de rituais, principalmente envolvendo o fogo.

6 - Faz de uma casa um lar.

7 - Não gosta de se aventurar pelo mundo.

8 - Sempre vai preferir ficar em casa.

9 - Não é uma mulher vitimada por ninguém.

10 - É focada no que lhe interessa.

11 - Tem boa concentração, não se perturbando pelas necessidades dos outros.

12 - Consciência enfocada - Em latim a palavra “lareira” é focus.

13 - Focada em sua experiência interior e subjetiva e não no exterior.

14 - Fica totalmente absorvida quando medita.

15 - Aprende olhando para o interior e sentindo intuitivamente o que está se passando, entrando em contato com seus valores e trazendo ao foco o que é pessoalmente significativo.

16 - Tem capacidade de obter insights de temperamentos de outras pessoas, facilmente, e ver padrões ou sentir o significado de suas ações.

17 - Enxerga com clareza de detalhes o funcionamento dos outros.

18 - Pode se tornar emocionalmente imparcial ou desatenta aos outros ao seu redor, enquanto atende a seus próprios interesses.

19 - Tendência a se retirar da companhia dos outros.

20 - Busca sempre calma e tranquilidade, muitas vezes na solidão.

21 - Acha que tomar conta da casa é tarefa significativa e não uma “tarefa”.

22 - A mulher que adquire um sentimento de harmonia interior, conforme executa as tarefas diárias está em comunicação com Héstia.

23 - Para ela cuidar dos detalhes de um lar é uma atividade fundamental equivalente à meditação.

24 - As 3 deusas virgens, quando terminam suas tarefas: Héstia, sente-se bem interiormente; Atenas, tem sentimento de realização; Ártemis, fica simplesmente calma.

25 - Quando uma Héstia empreende as tarefas do lar, ela está no que os gregos chamam de Kairós, ela participa do tempo. Ela não se preocupa com o tempo e não tem noção dele.

26 - Gosta de manter o anonimato.

27 - Não são personalidades que gostam de colunas sociais e fama.

28 - Podem ser consideradas pelos seus parceiros como “garantidas”.

29 - Gosta de estar em comunidades religiosas, espirituais, de contemplação, oração.

30 - As freiras, monjas, compartilham esse arquétipo: Héstia.

31 - Não tem apego a sua identidade, a abdicam pelo Todo, pelos outros.

32 - Gostam de retiros espirituais.

33 - Héstia, sendo presença interior, a mulher não fica ligada nas pessoas, nas consequências, posses, prestígio ou poder. Por sua identidade não ser importante, ela não fica ligada às circunstâncias externas.

34 - Não fica arrasada pelo que acontece.

35 - Não é compulsiva, nem consumista.

36 - Mulher sábia.

37 - Ótima conselheira.

38 - É calma, mantêm sentimento e necessidade de ordem.

39 - É organizada.

40 - É diligente.

41 - Quando a mulher busca aquele momento de silêncio, de paz, um canto seu, é Héstia que ela busca.

42 - É a deusa que tem mais facilidade de estar no agora, presente, e permanecer.

43 - É introvertida.

44 - Tem um “estado de graça”.

45 - Normalmente é quieta e reservada.

46 - Sua presença cria calor pacífica no ambiente.

47 - Aprecia a solidão.

48 - Quando criança é agradável e bem comportada, não teimosa.

49 - É autossuficiente.

50 - Héstia é como uma velha alma.

51 - Nem sempre tem infância feliz.

52 - Normalmente o pai dessa mulher/Héstia é autoritário e a mãe sem poder, ineficaz, às vezes deprimida.

53 - Suas necessidades infantis normalmente nunca foram levadas à sério.

54 - Em situações acima citadas, cada deusa age diferente: Héstia se retira para seu interior para buscar força e seguir a vida.

55 - Tem sensação de que é diferente dos outros que a cercam.

56 - Não usa muitas personas.

57 - É ou parece tímida.

58 - É desapegada e independente.

59 - É centrada.

60 - Se ausenta dos dramas sociais.

61 - Se ausenta das grandes paixões ou de contrair compromissos.

62 - Pode se tornar isolada socialmente.

63 - É simpática.

64 - Pouco competitiva.

65 - Não segue os desejos dos pais, mas os seus.

66 - Não se interessa por procurar maridos.

67 - Também podem não se interessar em se preparar para uma profissão.

68 - Falta ambição.

69 - Não valoriza o poder e as estratégias.

70 - Trabalham com perseverança, mas não gosta de se expor. 

71 - Não entra em fofocas e conversas fúteis.

72 - Nunca parece apressada.

73 - Tem poucas amigas.

74 - Não se engaja em política.

75 - Tem o dom de ouvir.

76 - Se não tiver outra deusa atuando nela, a mulher Héstia, não se importa muito com a sexualidade.

77 - Pode não ter orgasmos.

78 - Se gosta de sexo, o encara como um ritual.

79 - É a boa esposa.

80 - Não compete com o marido.

81 - A fidelidade do marido nem sempre é essencial para ela.

82 - Não precisa de um homem para sentir-se emocionalmente completa.

83 - Pouca agressividade.

84 - Não faz o tipo sexy.

85 - Normalmente são casadas com homens de negócios, viajante, empresário, alguém voltado para o mundo exterior.

86 - Não é ambiciosa com seus filhos.

87 - Filhos de Héstias não tem problemas maternos para serem resolvidos posteriormente.

88 - A meia idade pode ser seu melhor momento.

89 - Pode ser aquela “tia solteirona”, que faz tudo pelos sobrinhos.

90 - Sua dificuldade está em encarar o mundo exterior e ser bem sucedida nele.

91 - É positiva.

92 - Não expressa seus sentimentos amorosos muito bem.

93 - Não tenta deixar sua marca no mundo.

94 - Pode não ter boa autoestima.

95 - Mulher honesta.

Luciana Sereniski

Autodesenvolvimento

O que é normal para as Mulheres, nos Relacionamentos atuais?

14:49


"Normal" é o ponto entre o que você quer e o que você consegue. A questão é não sabermos exatamente o que queremos. Ou melhor, sabemos atualmente que queremos tudo, que queremos todos. E então o que se consegue nunca é o suficiente.

Para ser o “normal’, e, já parece muito para os dias de hoje, é premissa saber o que se quer. Não quem se quer. Ao determinar quem se quer, fingimos para fazer dar certo. Ui, que peso! Fingimos orgasmo para não declarar que nosso “grande amor” não sabe o que nos dá prazer, não sabe nos acariciar, tampouco sabe beijar. Fingimos que nosso cabelo é natural; fingimos o tamanho dos seios para parecer a mulher que ele espia; fingimos que três não é uma multidão. Fingimos que estamos "normais", centradas, felizes, para não estragar a selfie. Um observador mais apurado perceberá pelos olhos, na foto, uma louca gritando lá dentro: esse não é o cara. No entanto, de tão insana ela jura que vai transformar o sapo em príncipe. E, ops...se passaram 5, 10, 15 anos. E vá saber o que se quer depois de tudo isso. A única coisa que conseguimos dizer é: nunca mais quero ninguém. Chega!!

Não devíamos chegar a esse ponto. Isso está "normal", mas é uma crueldade conosco, fingir relacionamentos. Se em 3 meses não é o “cara”, não será nem nos próximos 30 anos. E não adianta apelar para mágica numa terapia de casal porque muitos casos nem com exorcismo. O "normal" é pararmos de fingir que esse é ou tem o que queremos. E tomara que saibamos o que queremos. 

Parece ter ficado "normal" passar a ideia de que estamos preferindo poder à amor. Verdade seja dita, estamos quase lá. Um bom investimento pode ser para a vida toda, já um relacionamento...Mas ainda não definimos bem isso. Ou será outro fingimento nosso para acreditarmos que a intimidade conosco é a intimidade em estado mais puro? Também poderia ser uma outra forma de negar nossos sentimentos, porque está “normal” o medo de compartilhar emocionalmente nossas vidas. Autopreservação e fazer bons negócios estão mais importantes, ou melhor, mais seguros. É isso, enfim, nosso porto seguro. Viajamos, pagamos impostos, compramos roupas caras, somos mulheres inteligentes e incríveis, e construímos nosso próprio Forte. Uhuuu!! Parece perfeito. Então porque tanta depressão, tanta solidão, tanta ansiedade, tanta insônia, tanto medicamento?

Outra ideia tentadora e “normal’ nos dias de hoje, para se relacionar, é chegar com um pote de beleza e juventude, e isso vai compensar tudo. A época da não-inocência está lotada de Lolitas e Bonequinhas de Luxo apostando todas as cartas da sensualidade na ânsia de conseguir relacionamentos “normais”. É estranho como o "normal" pode se parecer. 

Estamos conseguindo muitas coisas, muitas mesmo, como nunca antes, mas o "normal" fica naquele ponto entre o que se consegue e o que se quer. O que queremos?

Está normal ouvirmos que não há homens que prestem. Se tornou uma crença. É muito cedo para determinarmos que não há homens bons. Falo de amor heterossexual, já que esse amor é o mais enrustido da atualidade. Mas não é definitivo. Há muitos homens que sabem que temos um coração, um cérebro, mas que também temos um clitóris, e não uma esfinge que eles precisam desvendar um enigma. Somos simples, ou deveríamos ser. Se nos enxergam tão complicadas talvez devêssemos começar a nos desenrolar e nos definir e definir: qual o meu "normal"?

Faça isso sem livros, sem amigos, sem religião, sem fundamentos, sem família, sem armaduras, sem fingimentos. 

Luciana Sereniski
CRP 12/06912