Autoestima - O que a alimenta
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Autoestima é a confiança que cada um tem na sua capacidade de pensar, confiança na sua habilidade para lidar com os desafios da vida, a convicção de que poderá afirmar as suas necessidades aos seus semelhantes, é acreditar que tem o direito de vencer e ser feliz. A autoestima é dinâmica para o psíquico, assim como o sistema imunológico é para o corpo.
A qualidade da autoestima não é sustentada pela quantidade de dinheiro, bens ou intensidade de consumo. Você pode ter tudo isso, é legítimo. Mas quanto pior é a autoestima, mais a pessoa necessita demonstrar status, poder, intelectualidade, dinheiro. O quanto se ama e se valoriza mantém ou não sua autoestima e consequentemente sua saúde mental.
Para a autoestima é importante você ter ações assertivas, tomar as atitudes com segurança e não tomar e se arrepender depois, pois isso vai gradativamente gerando autodepreciação, culpa, autopunição. A saída é sempre ser gentil consigo mesma. Quando acontecer das ações não serem assertivas é importante evitar o excesso de exigência à perfeição e imediatamente se perdoar pela tentativa que deu errada, evitando assim a autodepreciação, o sentimento de culpa, e consequentemente a autopunição, que prejudicam a autoestima. E cada vez mais buscar que as ações sejam conscientes.
Tudo que envolve autoestima envolve a consciência, porque é conhecendo a si mesmo que você saberá das suas capacidades para poder amá-las, valorizá-las e supri-las. Quando a pessoa ignora as suas necessidades, interesses e desejos e se sujeita a relacionamentos, tarefas e atitudes que contrariam suas convicções íntimas, ela estará se traindo, ferindo sua autoestima, exceto se ela faz aquela escolha consciente. Fique atenta a você, a como você fala, anda e se relaciona com as pessoas, suas manias, gafes, virtudes, isso é bom indicativo de como está sua autoestima. Reveja o inventário das coisas prediletas: cores, músicas, roupas, pessoas, comidas, pois a baixa autoestima pode nos fazer aceitar coisas que nem apreciamos.
Autoestima comporta a autoaceitação. Aceitar-se é estar do próprio lado, agir à seu favor. As pessoas com dificuldade de aprender normalmente são pessoas que não se aceitam. Quando não nos aceitamos, inconscientemente recusamos um crescimento significativo. O caminho para restauração é você empreender ações que visem despertar pensamentos e atitudes de autoafirmação, como repetir em voz alta: "Eu me respeito, tenho o direito de ser quem eu sou". Muitas pessoas mudam de personalidade e não de atitudes.
Quem tem autoestima se considera responsável por sua própria felicidade. Chama o controle de sua vida para si. Tem intencionalidade, não compactua com: deixa a vida me levar, se Deus quiser, quem sabe um dia, vamos ver no que vai dar. Isso é transferir a responsabilidade para Deus, para a Vida, para o Universo. A autoestima não está preocupada com o resultado, mas com o que acontece enquanto se caminha em direção ao que se quer.
A autoestima se ofende quando nos comportamos de forma conflitante com o que julgamos apropriado, perdemos o respeito por nós mesmos. Ela solicita a integridade pessoal, a congruência entre aquilo que eu falo e faço. Parece muito, mas se tivermos essa responsabilidade de pensamento e sentimento congruentes nas pequenas coisas diárias, logo ali estaremos sendo exemplo de autoestima. E o mundo está precisando.
Luciana Sereniski
CRP 12/06912
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