Autodesenvolvimento

Da Raiva ao Perdão

20:09


Perdoar não é apoiar pessoas ou comportamentos que nos trouxeram dor, não é ser conivente com as condutas inadequadas de pessoas que amamos. O ato de perdoar jamais deve ser uma negação dos sentimentos de raiva que foram criados, ou uma desculpa para não enxergar a realidade e tomar outro rumo. Perdoar não é aceitar agressões, desrespeito, manipulações. Perdoar antes de tudo é uma forma de Viver.

Mas, existe um caminho e é árduo, como a subida de uma montanha. Existem etapas necessárias, sendo a primeira a distância psíquica, assim como o afastamento dos diálogos mentais que giram no nosso psiquismo, para evitar inclusive a neurose, dependendo da intensidade da raiva, esta criada à partir de todas as crenças entrelaçadas. Com o desprendimento vem a condição para usarmos os poderes do nosso pensamento, sintonizando-o em faixas de maior clareza e nitidez, o qual nos permite ir gradativamente renovando a alma.

Essa é a primeira etapa, apesar de árdua, o início da montanha ainda é leve porque há um certo alívio com o afastamento do problema. A subida começa a dificultar a cada vez que se chega mais perto do cume, porque lá é que está a quase dissolução da questão após os ensinamentos da subida. E não é fácil nos despedir de quem éramos. Subir chorando ou sofrendo é uma opção, mas esse comportamento em nada nos liberta da raiva, pois sofrer excessivamente pode aumentar a quantidade de energia gasta no processo de redenção e nos fazer falta para ir mantendo a vida enquanto estamos em algum lugar abaixo. 

Quando acreditamos que cada Ser é responsável por resolver seus dramas, assim como é responsável pela criação deles, ficamos mais perto de desatar esses fluidos, e não significa que eles tenham que desaparecer totalmente, para que o aprendizado aconteça. O fato de nos responsabilizarmos permite que nossa mente esteja em maior serenidade e o aprendizado da situação comece já no primeiro ato de desespero.

O que nos permite perdoar é nos ter proporcionado neste período de cura a retomada ao lugar do EU SOU.  Esse lugar fica mais perto e compreendido quando a dor é infernal e também é infernal estar ali e ter que se defrontar com o fato de não estar sendo vítima da situação, mas enxergar que foi cocriadora dessa realidade. A aceitação de que somos os criadores das situações negativas nos auxilia no ato de perdoar,  porque no final do percurso entenderemos que perdoar o outro é perdoar a nós mesmo.


Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Todos os passos da raiva ao perdão serão explicados e vivenciados no Curso online.

Autodesenvolvimento

A Busca da Identidade Feminina

12:18


A busca da Identidade Feminina começa com um doloroso vaivém, que fecha-se sobre Si Mesma, e então há incompreensões e equívocos de todos os lados. Longo tempo se passa entre a solidão, a dúvida e o despertar, mas depois de certo tempo tateando no escuro e na penumbra, surge uma nova figura e o diálogo se torna possível. Esse despertar, descobrimento de Si, abre acessos a dons e possibilidades criativos, até então desconhecidos. No processo do despertar, da busca ou retorno à sua identidade muitas vezes pessoas são feridas, mas que isso não seja interpretado como rejeição da mulher, apenas como uma viagem necessária ao seu mundo mais profundo para que sua vida seja mantida. Para uma vida plena com outros, uma mulher necessita rever sua história coletiva e pessoal de desvalorização devido a sua identidade ter sido entendida por todos apenas em comparação com a identidade masculina. 

Para esse despertar a mulher precisa evocar a vida da alma feminina, este grande mistério que fascina, e, as mulheres tem demonstrado que não estão fugindo deste processo, estão abrindo seus corações, ousando saltar ainda que trêmulas para sua natureza instintiva, abrindo mão muitas vezes de um relacionamento, de um trabalho, de um ideal, que lhes impeça de constituir sua própria alma, revelando assim a própria identidade.

Algo está nascendo após um nível crescente de descontentamento feminino, e a mulher tem ficado presente. Ela descobre que é mais do que a santa protetora, a procriadora, a administradora da casa, também é, mas descobre que naquele canto escuro de Si Mesma também está a mulher culta, a inteligente, a ativa, a visionária, a aventureira, a líder, a que gosta de sexo tanto quanto de romance. 

Mesmo as mulheres mais reprimidas têm uma vida secreta com pensamentos ocultos que são exuberantes e naturais. Mesmo a mulher presa com a máxima segurança  sabe que um dia haverá uma saída, uma abertura, e ela poderá escapar e demonstrar que tem talento, criatividade, brilhantismo. Ela busca e encontra sua identidade autônoma exigindo mais espaço de liberdade, respeito à sua opinião e competência, mas também o direito de permanecer o tempo necessário na sua solidão, em contato com o que tem de mais arcaico, úmido, estranho, antigo em Si, sem ser considerada louca. Aos poucos a mulher está deixando de representar um papel,  para simplesmente “Ser”.

A mulher transformada é a mulher que caminha consciente de Si Mesma, que desembarca pelo menos interiormente dos trilhos que os outros lhe apontaram, que busca e acha sua própria voz. É a mulher que se liberta. É como se ela engravidasse dela mesma, sofresse as dores do parto de Si Mesma, e nascesse ela própria outra mulher que procura seu próprio mundo e escolhe seus próprios valores, para os quais se obriga por livre convicção. Coloca e aceita limites por conta própria. Aprende a dizer Eu, para que possa aprender a dizer com liberdade Tu.

Precisa-se constantemente orientar-se para dentro de Si Mesma, porque o barulho exterior abafa a voz interior. Precisa-se calar para ouvir e enquanto isso não acontecer a mulher estará repetindo os mesmos padrões das criticadas avós.

Reencontrar com o local da sua feminilidade, onde mora a sua identidade Total é reencontrar-se com a alma, aquela parte que foi expurgada e no instante em que houver sido reconhecida a existência dessa energia não se pode mais recuar. Mas para se chegar à ela é necessário dispor-se a ser sugada, apagada, cancelada, tornada nada e afundada no esquecimento. Caso a mulher não se disponha, pouco ou nada mudará na sua vida, mas se ela aceitar a visita ao local do vazio, onde há o nada e se encontra o Todo, uma nova oportunidade de ser uma Mulher Inteira se apresentará. E então ela estará livre.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

Autossabotagem

17:29


Primeiro, é importante salientar que não somos nossos comportamentos. Há uma diferença enorme nisso e é proposital para que nossa mente acredite que a mudança seja possível. Se ela acredita no contrário, a dificuldade de se iniciar uma alteração é muito grande, já que mudar algo seria como mudar uma pessoa inteira, mesmo que logicamente esta pessoa seja influenciada pelo comportamento instalado. 

Segundo, o nosso comportamento pode ser modificado, alterado, controlado. O do outro, apenas influenciado, portanto somos totalmente responsáveis pelos acontecimentos de nossa vida, já que mesmo que alguém tenha me tratado com desrespeito ele é apenas influenciador do resultado, eu continuo portando a condição para controlar minha reação. Na prática isso não é tão simples, e tem sido quase exceção pois o responsável pelas diferenças nas respostas é o sentimento, e estamos numa época humana de pouco controle emocional. Basta entrar na internet ou ligar a TV para comprovar. Mas, queremos agir assim? Me parece que não. Então por que não conseguimos dar as respostas adequadas e termos os comportamentos propícios? Por que, por exemplo, temos uma enorme dificuldade em coisas tão simples, como resistir a um alimento não saudável, ou  resistir a uma relação nada saudável?

Autossabotagem é muito mais do que citei até agora, mas a alteração dos pensamentos e consequentemente dos sentimentos e vice-versa é um aprendizado essencial não só para o convívio com os outros e bem-estar de cada um, mas para a própria evolução da humanidade, já que a autossabotagem é um processo inconsciente, onde apenas o desejo de mudar não resolve. Se quisermos parar de puxar o próprio tapete, precisamos ter conhecimento sobre:

- Origem
- Tipo - Causas
- Disparadores
- Aspectos da vida que podem acontecer
- Pensamentos e Hábitos de autossabotadores
- Por que continuamos mesmo consciente dos danos?
- Como Mudar e como estabelecer Plano de Ação que mude crenças, padrões, convicções.

Essas e outras respostas teremos no Curso on-line. Sem esses conhecimentos continuaremos reféns de nós mesmos. 

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

Nada do que foi será...

20:41


Somos tendenciosos ao comodismo, mas as mudanças são constantes. Como dizia Heráclito: "a única coisa que não muda é que sempre haverá mudanças". Mudança assusta, porque de certa forma estamos há séculos sendo treinados para a estabilidade, buscando cada vez mais as regras bem definidas, a uniformidade. Gostamos da surpresa, mas ela mais assusta do que nos excita.

A vida não é e nunca poderá ser conservadora. O mundo precisa mudar, nós precisamos mudar, as crenças precisam mudar, as práticas precisam ser outras. Se continuarmos resistentes às mudanças aumentaremos o medo e geraremos inconscientemente mais violência e caos.

A mudança que proponho segue Lulu Santos: "Tudo muda o tempo todo no mundo" e "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia". O autodesenvolvimento não é opcional, querendo ou não o inconsciente vai fazer pressão para se resolver e consequentemente nos despertar. Se resistirmos o conflito se instala e o mar de fúria do nosso inconsciente vai nos detonar, ou nos negando e nos deixando na areia ou nos engolindo. Que tal aprender a navegar?

No nosso curso on-line, já estamos trabalhando esses movimentos.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

Deixar ir as crenças

17:25


Existe perigo na crença, ela te convence de que é a verdade e isso se torna uma barreira para viver a vida plenamente. A crença que você tem não necessariamente é a verdade absoluta, mesmo que você acredite piamente nela.  A descrença também é uma crença.  As duas te impedem de viver o presente e de ter um futuro com você e seu novo olhar sobre a vida.

Um dia você acreditou porque alguém disse que tinha algo fora, em alguém que te faria isso, que te salvaria daquilo, que tal comportamento te conduziria àquilo, que tal pensamento te traria tal coisa. E nada. Você acreditou, nunca deu certo e você continua crendo sem dar abertura para o presente chegar e trazer a realidade com a sua verdade, verdade essa que pode ir mudando com o tempo até se chegar a uma absoluta. Porque não usar toda essa facilidade que você teve para acreditar no que você deveria ser e fazer e passar a acreditar em Você, na sua capacidade, na sua condição de ser a verdade.

Toda sociedade impõe uma ideia sobre a consciência do indivíduo. Depois de algo imposto, se torna uma crença e você já não é mais capaz de ouvir o Seu Eu real, restando bem menos energia e capacidade para sair do estado em que você foi implantado. 

Criar culpa em alguém é a forma mais fácil de a aprisionar em certo sistema de crenças. Você terá medo de descobrir a verdade, de sair do papel imposto, de se encontrar. Quando você coloca culpa você aprisiona o outro, você retira a sua liberdade, você extirpa o seu potencial e ele passa a depender de conceitos apresentados, de coisas e ideias, pessoas impostas. 

Quer ser independente? Acabe com todas as suas crenças e não lhes dê qualquer substituto. Entre em contato diretamente com a realidade, não permitindo existir nada entre você e a existência. Esteja num “estado de não saber”, de “só sei de uma coisa, que nada sei”. A Bíblia cristã diz que você só é forte quando é fraco. É exatamente isso: você só sabe de tudo, quem é você e sua verdade quando não sabe de nada e desce consciente às suas profundezas em busca da realidade. Nesse momento, que tudo cai, você existe, não suas crenças, mas você.

O estado de Meditação “constante” é nenhuma crença, nenhum condicionamento, nenhum pensamento, nenhum desejo, sentimento, nenhum preconceito. Quando você estiver nesse estado a mente não interfere, não interpreta, não distorce. Então você é a Verdade, não a busca porque ela já está. Surge um grande silêncio e então seu passado simplesmente desaparece e seu futuro que seria a mesma coisa já que seria criado à partir das crenças do seu passado também desaparece. E é aí que ocorre a verdadeira mudança na vida.

Um novo futuro será porque ele não tem bases do passado, também não será derivado do presente, porque seu presente vai te preencher tão completamente que faltará tempo para criar o futuro. Assim o futuro será sempre presente que vai surgindo naturalmente e te preenchendo completamente no agora.

Abandonar a mente crente em algo que passou, significa que você está desperto para o presente, que você é, que você existe, que você tem vida, que você tem paz, harmonia, porque o presente é a única verdade que existe. O que passou não é você, o que passou não determina sua vida e seu futuro, desde que você experimente não as crenças até hoje impostas, mas a sua mais profunda e ao mesmo tempo tão disponível e transparente verdade. 

Luciana Sereniski
CRP 12/06912