Ativando Afrodite

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O arquétipo de Afrodite governa o prazer do amor e da beleza, da sexualidade e da sensualidade das mulheres. A esfera do amante manifesta uma poderosa atração em muitas mulheres, como força em relação à personalidade de uma mulher. Toda mulher que se apaixona por alguém que também está enamorado dela é naquele momento uma personificação do arquétipo de Afrodite. Transformada temporariamente de mortal comum em deusa do amor, a mulher se sente atraente e sensual, uma amante arquetípica.

Quando Afrodite está presente como arquétipo dominante na personalidade da mulher, esta se enamora frequente e facilmente. Ela tem o que chamam de “sex appeal”, um magnetismo pessoal que induz os outros mais intimamente num campo eroticamente carregado, que intensifica a percepção sexual. A voltagem se eleva e os dois se sentem atraentes e vibrantes como se fossem atraídos um para o outro. Nesse espaço magnético que os cerca as impressões sensoriais ficam intensificadas, os dois ouvem música de modo mais envolvente, as fragrâncias ficam mais penetrantes, o paladar e o tato dos enamorados ficam sensibilizados. 

Assim como há duas versões míticas do nascimento de Afrodite, assim também há dois caminhos pelos quais esse arquétipo vem à consciência. O primeiro é uma iniciação dramática, quando Afrodite surge repentinamente, amadurecida e impressionante, como uma presença dominante vinda das águas do inconsciente. Quando a sexualidade é sentida como resposta instintiva, tendo pouco a ver com o lado amoroso ou ainda tendo pouco a ver com o amar ou até mesmo gostar do homem que a excita, é sexualidade “desligada” de intimidade emocional - metaforicamente semelhante à versão de Hesíodo do nascimento de Afrodite no mar.

O segundo caminho em que um arquétipo surge ativo é num relacionamento. Ele deveria ser considerado análogo à versão comum de Homero do nascimento de Afrodite, e seu subsequente desenvolvimento como filha de Zeus e de uma ninfa marítima, Dione. O crescimento da confiança e do amor, e uma redução gradual na inibição precedem a evocação ou “o nascimento” de Afrodite, anunciado pelo primeiro orgasmo na relação sexual e por um novo desejo de intimidade física. 

Raramente a deusa descuida desse magnetismo, faz parte dela fazer de tudo para mantê-lo, e, existe métodos para que todas as mulheres possam se envolver e apreciar sem culpa as sensações agradáveis do sexo, experimentando a Afrodite em si mesma.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

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