Ativando Hera
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A necessidade de ser como Hera vem como realização para algumas mulheres no início da meia-idade; por essa época já tiveram uma série de relacionamentos ou ficaram tão enfocadas em suas carreiras que o casamento não se tornou prioridade. Até esse ponto, elas atenderam à inclinação de Afrodite de mudar de um relacionamento para outro, ou à tendência de Perséfone de evitar compromissos, ou ao enfoque de Ártemis e de Atenas no alcance dos objetivos. Ou a deusa esteve em campos opostos, e o ímpeto de Hera por ser companheira foi frustrado pela escolha dos homens que a mulher fez, escolha influenciada por outras deusas.
Quando a ligação como companheira não é forte instinto, ela precisa ser conscientemente cultivada. Isso em geral é possível somente quando a mulher vê a necessidade de estabelecer um compromisso e tem vontade de mantê-lo, e quando existe oportunidade para ela agir assim. Se ela ama um homem que necessita ou requer sua fidelidade, ela deve escolher entre a monogamia ou ele. Deve decidir refrear a promiscuidade de Afrodite, ou a independência de Ártemis e favorecer Hera. A decisão consciente de ser esposa tipo Hera pode reforçar a conexão de mulher com o arquétipo.
Se o envolvimento com homens não casadouros impede que uma mulher se torne esposa, esta precisa ficar desencantada com o tipo de homens pelos quais tem sido atraída e com o tratamento que deles recebeu. Precisa também reavaliar sua atitude em relação aos homens que tem valores tradicionais, porque ela pode ter ficado preconcebida em relação a esses homens que querem casar e constituir família. Quando sua imagem de um homem desejável muda para se adequar a um tipo de homem com o qual possa estabelecer compromisso, então pode se tornar possível a necessidade que Hera tem de ser esposa.
Luciana Sereniski
CRP 12/06912
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