Equilíbrio Emocional

Síndrome do Pânico

16:54


Quando se sofre da Síndrome do Pânico existem várias manifestações mentais e físicas que ocorrem no organismo. As principais manifestações físicas da síndrome do pânico são as seguintes:

• Nervosismo e efeitos químicos.

• Efeitos cardiovasculares.

• Efeitos respiratórios.

• Outros efeitos diversos.


Vamos aprofundar cada uma destas manifestações.


Nervosismo e Efeitos Químicos

Quando somos confrontados com o medo o cérebro manda sinais para o sistema nervoso. É o sistema que é responsável para preparar o corpo para a ação e também acalma o corpo e restaura o equilíbrio. Para executar estas duas funções vitais o sistema nervoso autônomo tem duas divisões, o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático.

O sistema nervoso simpático é aquele que nós conhecemos melhor porque é o que prepara o nosso corpo para a ação e aciona o sistema de ataque-fuga, enquanto que o sistema nervoso parassimpático é aquele que adoramos pois serve para restaurar o nosso sistema e retornar o corpo ao estado normal de relaxamento.

Quando um destes sistemas são ativados eles estimulam todo o corpo e tem um efeito de tudo ou nada. Isto explica o porquê quando um ataque de pânico ocorre, a pessoa tem várias sensações pelo corpo.

O sistema simpático é responsável por libertar adrenalina das glândulas supra renais. Estas glândulas estão localizadas acima dos rins. As glândulas supra renais também liberam adrenalina que funciona como um mensageiro químico para o corpo estar a 100% (para fugir ou atacar). Quando um ataque de pânico começa não é possível desligar o sistema ataque-fuga tão rapidamente como ele foi acionado. Existe sempre um período com ansiedade aumentada e continua enquanto estes sinais viajam pelo corpo.

Depois de algum tempo o sistema nervoso parassimpático é acionado. O papel dele é retornar o corpo ao seu funcionamento normal depois do perigo iminente desaparecer. O sistema parassimpático é a parte do sistema nervoso do qual gostamos mais porque nos retorna ao estado de relaxamento e normalidade.

Quando aprendemos a diminuir a ansiedade, com uma técnica de relaxamento por exemplo, estamos na realidade a incentivar o sistema parassimpático a entrar em ação. Uma coisa boa da qual nós temos de lembrar é que este sistema vai entrar em ação mais tarde ou mais cedo, quer tentemos quer não. O corpo não continua numa espiral de ansiedade cada vez mais intensa. Chega a um ponto em que a ansiedade desliga e o corpo fica relaxado. Este é um dos vários sistemas que temos integrados no corpo para sobrevivermos.

Mesmo se você se preocupar e estressar muito para manter o sistema nervoso simpático a funcionar ele vai acabar por parar. Com o tempo ele torna-se mais esperto que nós e percebe que na realidade não existe perigo. O nosso corpo é extremamente inteligente – a ciência moderna está sempre a descobrir novos padrões de inteligência que correm pelas células do nosso organismo. O nosso organismo parece ter uma infinidade de maneiras para lidar com um conjunto de funções muito complicadas que nós tomamos por certas. O principal objetivo do nosso organismo é viver bem e de saúde pelo máximo de tempo possível.

Tente deixar de respirar durante o máximo de tempo possível. Não importa a sua força mental, você nunca consegue vencer a força de vontade do corpo. Isto são boas notícias – não importa se tenta convencer-se que vai morrer de um ataque de pânico, você não vai morrer por causa disso. O seu corpo vai passar por cima do medo e procurar por um estado de equilíbrio.

Lembre-se disso da próxima vez que tiver sintomas da Síndrome do Pânico. A sua mente pode prolongar as sensações do ataque de Pânico por mais algum tempo, mas eventualmente tudo vai voltar ao estado de equilíbrio. O estado de equilíbrio (homeostase) é o que organismo procura sempre atingir.

A interferência para o seu organismo não é mais do que um exercício dos seus sentimentos. O nosso corpo não entra em alarme com estes sintomas. Porque deveríamos entrar em alarme? O nosso organismo conhece as suas capacidades. É o nosso consciente que entra em pânico, que fica assustado e exagera com medo e terror! Nós temos a tendência de esperar pelo pior e de exagerar as nossas sensações. Um batimento cardíaco acelerado é um ataque cardíaco. Uma mente demasiado ativa é quase esquizofrenia.


Efeitos Cardiovasculares

A atividade no sistema nervoso simpático aumenta o batimento cardíaco, acelera a circulação em todo o corpo, assegura que todas as áreas importantes para o reflexo ataque-fuga estejam com muito oxigênio. Isto acontece para preparar o corpo para a ação.

Uma coisa fascinante do reflexo ataque-fuga é que o mecanismo manda o sangue de onde ele não é necessário (através da contração dos vasos sanguíneos) para os lugares onde ele é necessário, músculos dos braços, pernas e do tronco.

Por exemplo, no caso de haver um ataque físico o sangue vem da pele, dedos, dedos dos pés e é movido para as áreas ativas com as pernas e os músculos dos braços. É por isso que muitas pessoas sentem falta de sensibilidade e formigamento durante um ataque de pânico que são mal interpretados como um risco para a saúde, como o início de um ataque cardíaco. É interessante que as pessoas que sofrem de ataques de ansiedade pensam muitas vezes que tem problemas de coração. Se você tem mesmo essa preocupação então deve consultar o seu médico para verificar. Assim você pode tirar conclusões e esquecer esse medo.


Efeitos Respiratórios

Um dos efeitos mais chocantes do ataque de pânico é a falta de ar e a respiração rápida. É muito comum que durante um ataque de Pânico a pessoa sinta um aperto no peito e na garganta. Todos temos o medo de perder o controle da nossa respiração. Os ataques de pânico são associados a um aumento do ritmo respiratório e na quantidade de ar inspirado. Isto tem uma importância obvia para a defesa do corpo pois os tecidos precisam de mais oxigênio para preparar para a ação. O que sentimos quando aumenta a respiração pode incluir a falta de ar, hiper-ventilação, sensações de falta de ar e mesmo dores e apertos no peito. O problema real é que estas sensações são estranhas para nós e não parecem naturais.

Um portador da Síndrome relata: “como tive ataques de pânico muito extremos, lembro-me que em muitas ocasiões eu sentia que não podia confiar no meu corpo para respirar. Por isso eu tinha que respirar conscientemente e dizer a mim mesmo para inspirar e expirar. Claro que isso não era o suficiente para as necessidades de oxigênio do meu corpo e por isso esse sentimento aumentava mais – e a ansiedade também. Quando apliquei a técnica de relaxamento, deixei o meu corpo fazer o que ele faz melhor – seguir os instintos biológicos”.

Um efeito secundário importante da respiração mais rápida (especialmente quando não existe atividade física) é que a quantidade de sangue que vai para a cabeça diminui. Enquanto que esta diminuição de circulação para o sangue não é perigosa, ela produz uma variedade de sintomas desagradáveis, mas que não tem geralmente maiores consequências. Estes incluem tonturas, visão enevoada, confusão, sentimento de irrealidade e suores frios.


Outros Efeitos Físicos dos Ataques de Pânico

Existem outros efeitos produzidos pela ativação do sistema nervoso simpático, nenhuma das quais fazem mal realmente. As pupilas dilatam para deixar entrar mais luz, o que pode resultar em visão turva e em “ver estrelas”, etc. Existe uma diminuição da salivação, resultando numa boca seca.

Existe uma diminuição da atividade no sistema digestivo, que muitas vezes provoca náuseas, uma sensação pesada no estômago e mesmo prisão de ventre. Finalmente, quando os vários grupos musculares ficam tensos em preparação para o ataque-fuga isso pode resultar e várias sensações de tensão, por vezes transformando-se em dores e tremores.

No geral o mecanismo de ataque-fuga ativa todo o metabolismo corporal. Por isso é que as pessoas sentem calores e suores pois este processo utiliza muita energia e depois a pessoa sente-se cansada e esgotada.

Gostaria de chamar a atenção sobre os mitos da Síndrome do Pânico, porque existem rumores que dizem que um ataque de Pânico pode causar a morte, o que é totalmente falso. Estes rumores ainda aumentam mais o medo que as pessoas têm da doença e não ajudam no tratamento.


MANIFESTAÇÕES MENTAIS

O objetivo do mecanismo de ataque-fuga é alertar a pessoa do perigo potencial que pode estar presente. Por isso, quando ele é ativado a prioridade mental é a de procurar por potenciais ameaças à sua volta. Esta reação está programada e é quase impossível de ignorar. É difícil concentrar-se em alguma coisa, pois a mente está treinada para procurar por todas as potenciais ameaças e não quer desistir até a ameaça ser identificada.

Um dos fatores que aumenta a intensidade das manifestações mentais e físicas dos ataques são os mitos da Síndrome do Pânico. Estes rumores que se transformam em mitos dizem coisas erradas (que é possível morrer de um ataque de pânico, o que é totalmente falso) e isto só piora a situação de quem sofre deste problema.

Quando o pânico aparece, muitas pessoas procuram pelo caminho mais rápido e mais fácil para sair do local; saem da fila no banco e vão para fora, por exemplo. Algumas vezes a ansiedade pode aumentar se temos a impressão que sair nos vai causar algum tipo de embaraço social.

Se você tiver um ataque de pânico no local de trabalho mas acha que deve continuar com a tarefa que está a fazer, é normal você ter muitas dificuldades em se concentrar. É muito comum ficar com agitação e desconforto geral nessa situação.

Muitas pessoas que sofreram ataques do Pânico, dizem que a luz artificial – como aquela que vem dos ecrãs, dos computadores e das televisões – pode muitas vezes começar ou piorar o ataque de Pânico, particularmente se a pessoa está cansada ou esgotada.

Vale a pena pensar nisso se trabalha durante períodos longos num computador. Você deve instalar lembranças frequentes no seu computador para se levantar e ir apanhar um pouco de ar fresco.

Quando se tem um ataque de Pânico e não é encontrada nenhuma ameaça externa, a sua mente começa a olhar para dentro e considera possíveis doenças no corpo ou na mente das quais poderia estar a sofrer. Isto inclui pensar que comeu alguma coisa estragada ao almoço até à possibilidade de estar a ter uma paragem cardíaca.

A pergunta importante é: Porque é que o mecanismo de ataque-fuga é ativado durante um ataque de pânico mesmo quando parece que não há nada para você se assustar?

Após uma investigação mais profunda, parece que temos medo das próprias sensações – temos medo de perder o controle do nosso corpo. Estes sintomas físicos inesperados criam um medo ou Pânico como se alguma coisa estivesse muito mal.

Porque é que se sente os sintomas físicos do mecanismo ataque-fuga quando não se tem medo?

Existem muitas formas de estes sintomas se manifestarem e não só através do medo. Pode ser que você está com muito estresse na sua vida e este estresse resulta num aumento da produção de adrenalina e de outros químicos que de vez em quando produzem estes sintomas.

Este aumento de adrenalina pode ser mantido quimicamente no corpo mesmo depois do estresse ter desaparecido. Outra possibilidade é a sua dieta, que afeta diretamente os nossos níveis de estresse. Cafeína em excesso, álcool e açúcar são conhecidos por aumentar o estresse no organismo.

Emoções presas e não resolvidas são muitas vezes apontadas com um possível catalizador dos ataques de pânico. É importante sim analisa-las para resolver os problemas de ataque de ansiedade. É importante saber lidar com o momento presente, com a emoção que se apresenta para saber desarmar um ataque de ansiedade, assim como remover a ansiedade que inicia o ataque.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Deusas e a Mulher

Ârtemis/Diana: Deusa da caça e da lua, competidora e irmã

11:25


AS CARACTERÍSTICAS NÃO SÃO NEGATIVAS OU POSITIVAS. TUDO DEPENDE DA PERSONALIDADE E DO CONTEXTO. 

1 – Independente

2 – Orientada para o exterior e para realização.

3 – Impulsos para desenvolver talentos, perseguir interesses, resolver problemas, competir com outras, expressar-se com palavras ou formas artísticas, colocar seu ambiente em ordem, ou levar vida contemplativa.

4 – Não pertence ao homem ou é impenetrável ao homem.

5 – Não precisa da aprovação de um homem, existe separada dele.

6 – Quando vive em aspecto de virgem, um aspecto seu é psicologicamente virginal(não pervertido, não maculado, puro, não usado, não cultivado, intocável e não manejado pelo homem). Metaforicamente não tocado pela paixão.

7 – Um aspecto dominante de sua psique não pertence a ninguém, é una-em-si-mesma.

8 – Ela é motivada pela necessidade de seguir valores, fazer aquilo que tem sentido, ou satisfazer-se independente do que os outros pensam.

9 – Para seu bom desenvolvimento é necessário a aprovação paterna.

10 – Os seus interesses não a conduzem necessariamente a uma carreira, nem a recursos ou reputação, porque o importante para ela é a realização.

11 – Pode não desenvolver sua sexualidade ou não expressar.

12 - E se desenvolver pode ser como muitos homens, as relações serem secundárias.

13 – Sexo: esporte recreativo ou uma experiência física de intimidade emocional.

14 – É atraída por homens que tenham lado estético, criativo, saudável ou musical.

15 – No casamento pode se tornar: os melhores amigos. Padrão 1 de relacionamento.

16 – Pode se casar com homens que a sustente. Padrão 2 de relacionamento.

17 – Ela é aquilo que ela valoriza, não afetada pelas expectativas coletivas, sociais e culturais, determinadas pelo sexo masculino.

18 – Muitas se unem para criar grupos de elevação consciente.

19 – Percepção focalizada.

20 – Aplicada a definir a si própria e suas prioridades, ou trabalha para serviço às mulheres.

21 – Não se altera por sua experiência com os outros, não são dominadas por suas emoções.

22 – Competitiva confortavelmente.

23 – Naturalmente positiva.

24 – Raciocina bem.

25 – Sabe o que almeja alcançar.

26 – Tem sonhos de exploração.

27 – Arqueira de infalível pontaria.

28 – Separa-se dos homens e sua influência.

29 – Individualista rígida.

30 – Não conhece a intimidade emocional.

31 – Precisa desenvolver capacidade de intimidade pessoal.

32 – Pode se tornar eternamente casta.

33 – Rápida para punir aqueles que a ofendem.

34 – Imune a se apaixonar.

35 – Desvalorizam uma mãe fraca, e isso reforça a Ârtemis mulher.

36 – Para não ficar com a mãe sufocam a dependência dela, evitam expressar vulnerabilidade, e juram tornar-se independentes.

37 – Para rejeitar identificação com a mãe fraca, ou de papel tradicional, ela pode rejeitar o que é considerado feminino: suavidade, receptividade, e movimento para casamento e maternidade.

38 – Portadora da luz.

39 – Corajosa como caçadora.

40 – Deusa do parto.

41 – Como deusa da lua fica à vontade à noite.

42 – Espírito feminino independente.

43 – Íntegra(inteira). Se sente completa sem um homem.

44 – Sua identidade e senso de valor se baseiam sobre o que ela é e faz, ou não no fato de ser casada e com quem.

45 – Fica imperturbável no seu trajeto e concentração intensa.

46 – Excitação pela caça.

47 – Tem enfoque no objetivo e a perseverança apesar dos obstáculos e conduzem a empreendimentos e realizações.

48 – Gravidez pode ser repugnante porque gosta de ter uma imagem vigorosa, graciosa ou infantil.

49 – Dificilmente é sensual.

50 – Um lar base não é importante.

51 – Pode ser fria e cruel.

52 – Bonita e fria.

53 – Falta de entusiasmo e imaturidade no erotismo.

54 – Pode se tornar cruel com um homem que não ama mais, rejeitá-lo e trata-lo como intruso indesejado.

55 – Pode sentir raiva destrutiva para com o homem.

56 – Preocupação com os atormentados, pelas mulheres fracas e pelas jovens.

57 – Empreendedora competente.

58 – Grande irmã(irmandade).

59 – Ela penetra e caminha na selva (dentro dela), isso as torna mais reflexivas.

60 – Tendência a se sentir firme à respeito de suas causas e princípios.

61 – Ela é ágil, tipo: não me prenda.

62 – Luta contra sentimentos de que não é suficientemente boa, até quando é bem sucedida, ainda se sente inadequada.

63 – Tentam proteger suas mães.

64 – Muita vontade de vencer, vai na sua meta até o limite.

65 – Louca por cavalos.

66 – Tendência para exploração.

67 – Não se amedronta com exposição.

68 – É estimulada para competição.

69 – Empenha-se no trabalho que é subjetivo para ela.

70 – Senso de associação com outras mulheres.

71 – Ela tem: “melhores amigas”, que podem durar décadas.

72 – Apoiam os direitos das mulheres.

73 – Tem inclinações feministas.

74 – Envolvimento na carreira, projeto criativo e causas são fundamentais.

75 – Pode permanecer solteira ou viver com homem. Se casar é usualmente de forma igualitária.

76 – Evita os homens que insistem em ser o centro de suas vidas, permanecendo forte psicologicamente.

77 – Ela precisa compartilhar qualquer coisa que goste de fazer, senão sente que falta algo no relacionamento.

78 – Tem muita força de vontade.

79 – Gosta de crianças, embora não deseje ser mãe. Cuida do filho dos outros(tia).

80 – Quando mãe, encoraja independência, os ensina a se defender e pode ser cruel na defesa dos seus filhos.

81 – Suas qualidades podem persistir até a velhice, ela não sossega. Sua mente e corpo se mantêm em movimento.

82 – Habilidade e afinidade com os jovens e esse pensamento a afasta da meia-idade.

83 – Nunca sofreu, como outras deusas (vítima, humilhação, traição).

84 – No relacionamento o elemento principal e motivador é a caça.

85 – Expressa seu ponto de vista com força.

86 – Ela livra do patriarcado as mulheres e os valores femininos.

87 – Com a consciência de que o tempo está passando, na meia idade, ela é desviada para uma nova receptividade ao amor e a intimidade.

88 – Se no relacionamento ele mostrar fraqueza, necessidade dela, acaba o arrebatamento emocional.

89 – Ela pode ter vários relacionamentos, mas guarda distância emocional, por negar a necessidade do outro.

90 – Sua crueldade de punição pode ser apavorante.

91 – Tem falta de misericórdia.

92 – Algumas mulheres atarefadas ficam inconscientes do passar do tempo, até que na meia idade, os desafios da competição ou do alcançar os objetivos diminuem, aí é que ela vai perceber que a juventude não é eterna.

93 – O empreendimento pode se tornar menos importante após a meia-idade.

OBS.: Importante termos em mente que ao nos identificarmos com uma deusa, não necessariamente significa que temos todas as características dela, assim como ao tentarmos incorporar uma deusa em nós não atingiremos todas as características. Precisamos levar em consideração que outras deusas, talvez em menor escala atuem em nós, favorecendo ou bloqueando características. E que não somos as deusas, elas são forças que nos impulsionam à algo, mas temos condições de aceitar ou não. 

Luciana Sereniski

Autodesenvolvimento

Exemplo de descida (depressão) consciente

06:52


Há tempos minha vida deu uma guinada após um longo processo de depressão e exílio voluntário. Estive muito fragilizada e, inicialmente, fui amplamente acolhida por “alguns amigos”. Como a minha situação emocional se agravava cada vez mais, eles foram se afastando e, naquele momento, o contato com as pessoas também parecia não me apetecer mais, pois, provavelmente, eu não estava sendo uma boa companhia: queria viver o meu fundo de poço, sozinha. O que aconteceu, é que depois de muito sofrimento, enjoei daquela dor e daquele abandono de mim mesma_ resolvi reagir e procurar ajuda_ espiritual, profissional e etc. E, da mesma forma que me entreguei àquela situação deplorável e me permiti vivenciá-la até a total vontade de desistência da vida, renasci INTENSA e INTEIRA, com uma disposição absoluta para ser feliz.

Tem sido assim desde então. Não há um dia sequer que eu não faça algo que me permita gargalhar por um bocado de tempo. Não há um minuto em que eu não entre em contato com a minha essência, que é de alegria. Não há momento algum em que eu não me permita brincar para aprender a ser leve, ou pelo menos, estar leve! E resgatar essa minha sede de vida me encheu de uma gratidão profunda e me fez olhar para as minhas conquistas e não apenas para os meus desamparos.

Por muito tempo me deixei ser acompanhada pela angústia e me abracei a ela. Nesta fase, meus “alguns amigos” se sentiam “úteis” porque estavam “superiores” quando “cuidavam” de mim. Mas o que eu não sabia é que insuportável seria minha ascensão, minha alegria. Se antes eles estavam disponíveis, hoje eles apenas sentem saudade. Se antes eles eram o meu bálsamo, hoje eles são uma lembrança bonita. Se antes eram presença, hoje são mais um avatar no facebook que não têm tempo para um encontro real... É por isso que me pergunto: e se não houver o amanhã? Todos andam muito conectados, mas absurdamente indisponíveis... E falam do amor de uma maneira incrível, mas não conseguiram transcender à palavra a ponto dela se tornar uma verdadeira experiência.

Refletindo sobre tais situações, percebo que por determinado tempo, é preciso que exerçamos o amor e a gratidão pelo amparo que nos foi dado no momento mais difícil e que tentemos compreender por que, consciente ou inconscientemente, o Outro ficou tão desconfortável por eu ter me tornado uma pessoa saudável, viável, produtiva. Mas é preciso também, após o tempo dado para que o Outro se resolva, dar-se o mesmo para refletir: como me sinto em relação às atitudes dele?E é isso que tem me importado.

Sei que amar o Outro abrange uma dimensão muito mais complexa do que apenas compreender as idiossincrasias, mas amar-se abrange também um universo muito maior que aceitar que o outro só ame o que há de mais frágil em você... E, se eu gosto de conviver com a força que habita em mim, a escolha desta alternativa faz com que eu prefira que o Outro se afaste ao meu autoabandono novamente.

Não é fácil, mas eu tive que aprender a tornar isto simples.

Marla de Queiroz

Autodesenvolvimento

Missão Pessoal

08:42


A forma mais eficaz que conheço para começar com o objetivo na mente é desenvolver uma declaração de missão pessoal, filosofia ou credo. Ele se concentra naquilo que a pessoa deseja ser (caráter) e fazer (contribuições e conquistas), e nos valores ou princípios nos quais o ser e o fazer estão fundados.

Uma vez que cada indivíduo é único, uma declaração de missão pessoal irá refletir sua unicidade, tanto na forma quanto no conteúdo.

Um amigo meu, Rolfe Kerr, expressou seu credo pessoal desta forma:

Primeiro seja bem-sucedido no lar.
Busque e seja digno da ajuda divina.
Jamais comprometa sua honestidade.
Lembre-se das pessoas envolvidas.
Ouça os dois lados antes de julgar.
Procure se aconselhar com os outros.
Defenda os ausentes.
Seja sincero e firme.
Desenvolva uma nova habilidade por ano.
Planeje hoje o trabalho de amanhã.
Ocupe-se enquanto espera.
Mantenha uma atitude positiva.
Tenha senso de humor.
Seja organizado pessoal e profissionalmente.
Não tenha medo dos erros - tema apenas a falta de respostas criativas, construtivas e capazes de superar estes erros.
Facilite o sucesso dos subordinados.
Ouça o dobro do que fala.
Concentre todas as habilidades e esforços no trabalho que tem a sua frente, sem se preocupar com o próximo emprego ou com a promoção.


Uma mulher, procurando equilibrar seus valores relativos à família e ao trabalho, expressou seu senso de missão pessoal de modo bem diferente:

Procurarei equilibrar carreira e família da melhor forma possível, pois ambas são importantes para mim.
Meu lar será um local onde eu e minha família, amigos e convidados sentiremos alegria, conforto, paz e felicidade. Por isso, procurarei criar um ambiente limpo e ordeiro, e ao mesmo tempo gostoso de se viver e confortável.
Usarei minha sabedoria para escolher o que vamos comer, ler, ver e fazer em casa. E, principalmente, pretendo ensinar meus filhos a amar, a aprender e a rir - e a lutar para aprimorar seus talentos específicos.
Eu valorizo os direitos, liberdades e responsabilidades de nossa sociedade democrática. Serei uma cidadã informada e engajada no processo político, para garantir que minha opinião seja ouvida e meu voto levado em conta.
Serei uma pessoa empreendedora, que exerce a iniciativa para conseguir atingir as metas. Tomarei a dianteira em situações e oportunidades, recusando uma postura passiva.
Tentarei sempre me manter livre de hábitos e vícios destrutivos.
Desenvolverei hábitos que me livrem dos velhos padrões e lides, e que possam expandir minha capacidade de escolha.
O dinheiro será meu servo, não meu senhor. Procurarei a independência financeira, progressivamente. Minhas vontades se submeterão a minhas necessidades e posses. A não ser para adquirir casa ou carro, ficarei afastada das compras a crédito. Gastarei menos do que ganho,
e regularmente economizarei ou investirei parte de minha renda. Além disso, usarei o dinheiro e os talentos que possuo para tornar a vida mais agradável para os outros, através do trabalho voluntário e da caridade.


Podemos dizer que uma declaração pessoal de missão é a constituição da pessoa. Assim como a Constituição dos Estados Unidos, ela é fundamentalmente imutável. Em duzentos e tantos anos ela recebeu apenas 26 emendas, dez das quais faziam parte da Declaração de Direitos original.

A Constituição dos Estados Unidos é o modelo a partir do qual todas as leis do país são avaliadas. É o documento que o presidente concorda em defender e apoiar quando faz o juramento presidencial. É o critério para determinar a cidadania das pessoas. É a base e o centro que permite às pessoas enfrentar traumas gigantescos como a Guerra Civil, o Vietnã ou Watergate. É o padrão escrito, o critério-chave pelo qual todo o resto é avaliado e considerado.

A Constituição tem permanecido e cumpre sua função ainda hoje porque se baseia em princípios corretos, em verdades por si só evidentes contidas na Declaração de Independência. Estes princípios conferem à Constituição uma força eterna, mesmo em épocas de ambiguidade ou convulsão social. "Nossa peculiar segurança está na posse de uma Constituição escrita", disse Thomas Jefferson.

Uma declaração de missão pessoal baseada em princípios corretos torna-se o mesmo tipo de modelo para o indivíduo. Passa a ser sua constituição pessoal, uma base para a tomada de decisões importantes, cruciais em sua vida. E uma base para a tomada de decisões cotidianas, em meio ao turbilhão de circunstâncias e emoções que afetam sua vida. Ela confere ao indivíduo a mesma força eterna, nos momentos de mudança.

As pessoas não podem conviver com a mudança se não houver um centro imutável dentro delas. A chave para a faculdade de mudar é a sensação imutável do que somos, do que fazemos e do que valorizamos.

Com uma declaração de missão, podemos realizar muitas mudanças. Não temos necessidade de prejulgamentos ou preconceitos. Não precisamos esclarecer mais nada na vida, nem estereotipar e classificar tudo e todos para nos encaixarmos na realidade.

Do livro: Os sete hábitos das pessoas muito eficazes, de Stephen R. Covey

Estudos Junguianos

Tipos Psicológicos de Jung

13:52


Jung escreveu em 1921 o importante livro "Tipos Psicológicos", que na época foi fruto de mais de 20 anos de observação e de exercício da Medicina Psiquiátrica e da Psicologia Prática. Jung demonstrou que as pessoas têm diferentes características comportamentais, habilidades, aptidões, atitudes e motivações que vão caracterizar os TIPOS PSICOLÓGICOS. O modo preferencial de uma pessoa reagir ao mundo deve-se dentre outras, a herança genética, as influências familiares e as experiências que o indivíduo teve ao longo de sua vida.

Jung distinguiu duas formas de atitudes: a pessoa que prefere focar a sua atenção no mundo externo de fatos e pessoas (extroversão), e/ou no mundo interno de representações e impressões psíquicas (introversão).

Na extroversão, a energia da pessoa flui de maneira natural para o mundo externo, em que se observa: impulsividade , sociabilidade, expansividade e facilidade de expressão oral.

Na introversão, o indivíduo direciona a atenção para o seu mundo interno em que se observa: a postura reservada, a retenção das emoções e facilidade de expressão no campo da escrita. 


As funções psíquicas

Além dos dois tipos de atitude, Jung verificou que havia uma diferença entre as pessoas de um mesmo grupo, ou seja, um introvertido poderia diferir muito de outro introvertido.
Para Jung, essas diferenças entre os indivíduos eram causadas pelas funções e ou processos mentais preferencialmente utilizadas pela pessoa para se relacionar com o mundo externo ou interno. As funções psíquicas juntamente com as atitudes de introversão e extroversão, representarão os TIPOS PSICOLÓGICOS.

Jung distinguiu quatro funções psíquicas: Sensação, Intuição, Pensamento e Sentimento. Existem duas maneiras através das quais percebemos as coisas - Sensação e Intuição - e existem outras duas, que usamos para julgarmos os fatos - Pensamento e Sentimento.

Pessoas do tipo sensação dão atenção ao presente e, portanto, tendem a ter os "pés no chão". Essas pessoas têm enfoque no real e no concreto, costumam ser práticas, realistas e voltadas para o "aqui - agora". Preocupam-se mais em manter as coisas funcionando do que em criar novos caminhos. Preferem também ver as partes ao invés do todo .

O oposto da função sensação é a função intuição, onde a apreensão do ambiente geralmente acontece por meio de "pressentimentos", "palpites" ou "inspiração". A intuição busca os significados, as relações e possibilidades futuras da informação recebida. Os fatos são apreendidos no seu conjunto .

As pessoas que utilizam o pensamento fazem uma análise lógica e racional dos fatos: julgam, classificam e discriminam uma coisa da outra sem maior interesse pelo seu valor afetivo. Naturalmente voltadas para a razão, procuram ser imparciais em seus julgamentos sem levar em conta a interferência de valores pessoais. Tendem a lidar melhor com processos lógicos e formais.

A função racional que se contrapõe à função pensamento é a função sentimento. Quem usa o Sentimento julga o valor intrínseco das coisas, tende a valorizar os sentimentos em suas avaliações, tem facilidade no contato social, preocupa-se com a harmonia do ambiente. As pessoas que preferem tomar decisões com base no sentimento utilizam-se de valores pessoais, mesmo que essas decisões não tenham objetividade do ponto de vista da causalidade. Por valorizarem impressões pessoais, tendem a se voltar para as relações interpessoais, preocupando-se com os sentimentos e valores de outros.

Ao demonstrar as quatro funções, Jung anotou que, "sob o conceito de sensação pretendo abranger todas as percepções através dos órgãos sensoriais; o pensamento é a função do conhecimento intelectual e da formação lógica de conclusões; por sentimento entendo uma função que avalia as coisas subjetivamente e por intuição entendo a percepção por vias inconscientes ... A sensação constata o que realmente está presente. O pensamento nos permite conhecer o que significa este presente; o sentimento, qual o seu valor; a intuição, finalmente , aponta as possibilidades do "de onde" e do "para onde" que estão contidas neste presente.... As quatro funções são algo como os quatro pontos cardeais. Tão arbitraria e tão indispensáveis quanto estes."

A individuação é um dos principais conceitos da teoria de Jung e diz respeito a um processo amplo e complexo que responde a uma necessidade natural do homem de crescer, completar-se e entrar em contato com os aspectos menos desenvolvidos da sua personalidade. A meta do desenvolvimento seria então a integração das funções, ou seja, um processo de reunir o que está dividido. Segundo Jung, a individuação é um processo de transformação .

Cabe ressaltar aqui que a Teoria dos Tipos não pretende rotular ou criar estereótipos em relação às pessoas quanto ao tipo psicológico. Jung afirma que "a tipologia psicológica não tem a finalidade de dividir as pessoas em categorias... A tipologia representa uma ajuda para a compreensão das variações individuais..." 

Equilíbrio Emocional

Relações Obsessivas no Casamento

12:10


Percebe-se que, ao mesmo tempo em que se faz necessária a entrega, também é importante uma certa retenção, uma reserva, a preservação de uma “área silenciosa”, que retém a identidade, a individualidade. Todo casamento bem sucedido é um milagre. E milagres acontecem. Não estou me referindo a fatos considerados impossíveis, mas a acontecimentos especiais, plenamente possíveis, só que especiais. 

Consideremos um homem e uma mulher com raízes, educação e influências religiosas bem diferentes. Oriundos de famílias tão desiguais, apaixonam-se e resolvem se casar. Talvez, para a obtenção de um denominador comum nas diretrizes familiares, eles precisem ajustar suas aquisições individuais, plasmando os aprendizados particulares e criando uma nova forma de interpretar a vida. Erich Fromm dizia que o amor dá trabalho: “Ama-se aquilo que se trabalha, e trabalha-se pelo que se ama”, e certamente será preciso que tal casal dedique-se à construção dessa nova forma de pensar a vida, o que não será imediato, mas a partir de decisões e combinações verbais, fruto da convivência diária.

Tais ajustamentos ocorrerão na constância de cada conflito, de cada decisão, demandando algum tempo. Por essa razão, os casais precisam dar a si mesmos o “tempo de conhecimento e ajustamento”. Amar é aceitar o outro exatamente como é, o que não significa concordar com tudo o que o outro faz. A presença do amor verdadeiro, em ambos, facilitará o ajustamento. Amamos o outro pelo que de nós nele identificamos. Amamos o que de nós vemos no outro, como num espelho. 

Encantamo-nos com nossa própria imagem refletida no outro. A imagem do que somos, do que temos, do que idealizamos ser. A admiração, o encantamento e o apaixonar-se passam por esta complementação pelo qual ansiosamente esperamos, que buscamos em alguém. Amamos e nos encantamos com o que o outro pode nos dar em complemento ao que já temos ou já somos. O outro vem suprir ou completar nosso self. Na verdade se o outro não tem nada daquilo a que aspiramos, pelo menos nós supomos que tenha, senão não nos apaixonamos. Aqui a idealização faz-se presente quando sonho que este outro reúne qualidades por mim buscadas. 

Quando o casal não consegue preservar as individualidades, quando o apaixonamento significa perder o referencial próprio e derramar-se no outro na expectativa de que todas suas realizações venham do outro, que se torne a fonte neurótica de toda felicidade e motivação para viver, instalamos a relação obsessiva.

Tomemos como exemplo que a mulher tenha esse comportamento obsessivo. De alguma forma o marido desfruta dessa obsessão relacional. Ele alimenta a obsessão da esposa, mantendo até por anos a obsessão, essa forma de casamento, apesar de todas as perdas, sofrimentos, e desgastes que uma relação desse tipo proporciona. A obsessividade, portanto, é parte ativa e constante na vida desse casal. Ninguém é obsessivo sozinho. A relação se dá a dois.

Os relacionamentos obsessivos estão se tornando cada vez mais comuns e, muitas vezes, resultam em separação. Quando ambos são obsessivos, a união pode até durar mais tempo, pois há uma mútua alimentação dessa paixão doentia, mas, individualmente, cada qual, se torna mais infeliz, mais complicado, e agravam-se as patologias, até que a vida torna-se insuportável para os dois, que viverão em mútuas acusações, protagonizando brigas que podem chegar a sérias agressões. Às vezes esse processo louco de se relacionar pode culminar na eleição de bodes expiatórios, ‘inimigos’ fora da relação.

Os relacionamentos interpessoais, além de se configurarem como uma necessidade para o ser humano, também representam a própria essência do que significa ser pessoa.

A pessoa humana tem nas suas relações algo que caracteriza a essência, a humanidade de cada um de nós e nossa realização também se afirma na possibilidade de comunicação e troca.

Quando o relacionamento torna-se uma obsessão, constatamos a incapacidade de a pessoa obsessiva lidar com suas próprias angústias, dependendo da existência de um outro que funcione como “depósito” de suas frustrações e incapacidades. Principalmente a incapacidade de auto aceitação.

Quem não é capaz de se aceitar e se amar certamente não será capaz de aceitar o outro e amá-lo. Quando o mandamento bíblico aconselha que devemos amar o próximo como a nós mesmos, a interpretação imediata é que não devemos(ou que não seria razoável) amar o outro mais que a nós mesmos. De onde se conclui: se eu não sou capaz de me amar, como poderei amar outra pessoa?

Quando um relacionamento é doentio, o outro passa a ser uma droga. Não uma droga química, mas uma droga com a função de anestesiar a autopercepção e a possibilidade de livre ação pessoal. É a “droga relacional”.

Equilíbrio Emocional

O que a pessoa Deprimida pode fazer durante a Depressão

10:39


A depressão faz com que a pessoa se sinta exausta, sem apoio, sem valor e sem esperança, incapaz de reagir. Esse estado só aumenta os pensamentos negativos e pessimistas, piorando a depressão, num círculo vicioso sem fim. Você deve tentar acreditar que tudo que sente e pensa negativamente é fruto de uma doença, e que acima de tudo é tratável sem dificuldades. Por mais realistas que estas vivências sejam, a depressão as aumenta e faz tudo ficar mais difícil e complicado.


Algumas atitudes podem ser úteis. Tente aplicá-las.

- Não decida nada muito importante(como por exemplo: deixar o trabalho, separar-se) enquanto estiver deprimido. Uma pessoa fragilizada, não fará a melhor escolha. Aguarde ficar bem para melhor decidir. Mas há casos em que exatamente a tomada de decisão, seja de uma separação ou deixar um trabalho é exatamente o que proporciona o início da melhora. Mas são decisões que podem e devem ser acompanhadas num tratamento psicoterápico.

- Não se imponha metas grandes, difíceis ou de longo prazo. Divida as tarefas grandes em tarefas menores e tente fazer o que você conseguir, não se imponha nada. Quando se está doente você não consegue fazer as coisas da mesma forma que quando está sã.

- Não se cobre demais, pois você não está em condições de saúde plena para exigir tudo o que você conseguiria antes. É como se você exigisse de alguém que está com pneumonia fazer o trabalho pesado que sempre fez.

- Tenha paciência para melhorar. No caso do medicamento ele demora para funcionar, e altos e baixos são a regra na fase inicial de tratamento, que pode durar semanas.

- Procure ficar com outras pessoas. Por mais que pareça um incômodo para os outros, se amigos e parentes querem ficar com você é porque querem ajudá-lo. E por mais que você não se sinta em boa companhia, sempre é melhor do que ficar sozinho.

- Procure fazer qualquer atividade de lazer, mesmo a título de distração, sem se esforçar para gostar do que está fazendo. Dê preferência a trabalhos manuais, exercícios leves como caminhadas, jogos esportivos, cinema, shows, atividades sociais e/ou religiosas; mas não se sinta obrigado a fazer nada disso se não tiver vontade, principalmente no início do tratamento. A medida que a depressão for melhorando, você pode ir tentando de forma mais intensa.

- Não aceite seus pensamentos depressivos. Fale para si mesmo que eles são parte da depressão, e que vão melhorar com o tempo. Policie-se e não deixe que seus pensamentos o dominem o tempo todo.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

Reprogramação Mental

11:02


NADA MUDA SE VOCÊ NÃO MUDAR

Quantas vezes você já tentou modificar um hábito, largar um vício, mudar um comportamento e não o conseguiu? De repente, você se surpreende agindo da mesma forma indesejada, sempre repetindo velhos padrões. Por que será que isto acontece? Afinal, você queria "realmente" mudar aquele comportamento. O que saiu errado? Será que foi falta de "força de vontade"?

Não se culpe ou lastime! Saiba que tudo isso ocorre porque sua mente consciente corresponde a apenas mais ou menos 10% de sua capacidade mental e os outros 90% estão sob o comando do inconsciente, uma parte extremamente inteligente e poderosa, que influencia o seu comportamento através do sistema nervoso autônomo e segundo critérios de utilidade bem diferentes dos padrões estabelecidos pelo consciente. Por isso é tão difícil mudar.

Mas, se o inconsciente é inteligente, por que ele continua agindo "errado", você poderia perguntar? Porque ele age segundo programações que foram instaladas em sua infância, numa época em que sua capacidade de avaliação e crítica ainda não se havia desenvolvido totalmente.

Dessa forma, uma série de "verdades" foram registradas em sua mente, através de sons, imagens e sensações, que se mantêm até hoje.

Pare de ler este artigo um pouquinho e pense sobre uma quantidade enorme de frases e ditados que fizeram parte da sua infância e continuam direcionando sua vida.

Quantas vezes você já se percebeu sabotando sua própria intenção de mudar.

Talvez você seja uma daquelas pessoas que já tentou vencer o medo de aprender a nadar, matriculou-se na aula e depois de conseguir entrar n’água, disse para si mesma, com um riso nervoso:- "Não adianta! É difícil! Eu não vou conseguir!" E não conseguiu mesmo! Esta é uma forma de auto-hipnose negativa, produzida por padrões auto-limitantes que estão registrados no seu computador mental e que disparam um alarme de medo ou terror, todas as vezes em que você tenta entrar n’água.

Este mesmo padrão vale para uma série de situações de impedimento: - Falar em público, dirigir, estudar, parar de beber... sair da depressão... a lista pode ser infinita!

Se você se enquadra num desses itens, procure descobrir, primeiramente, qual a intenção positiva (é isto mesmo! Seu inconsciente está procurando atender necessidades psíquicas e emocionais) por detrás do comportamento ou sintoma inadequado.

Ou então, perceba qual a parte inconsciente que não está sendo atendida, como nos casos de depressão.

As técnicas psicológicas de reprogramação mental visam auxiliá-lo no atendimento de suas necessidades emocionais, através de comportamentos mais adequados ao que você escolheu para sua vida.

Atribuindo novos significados às experiências de vida que você viveu e reprogramando-se mentalmente, através da modificação dos códigos lingüísticos e simbólicos instalados no seu inconsciente, você terá a oportunidade de sentir-se cada vez mais auto-confiante e produtivo, livrando-se dos velhos problemas emocionais que afligiam sua vida.

Arrisque-se. Tente uma nova forma para eliminar velhos problemas.