Dinheiro é psicológico - Parte 2

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Se a problemática envolvendo a dificuldade de lidar com dinheiro é muito profunda, os resultados têm gravidade equivalente, desânimo profundo. Os quadros ligados ao desânimo são muitos. Primeiro, uma atitude pessimista e derrotista contaminando não só o trabalho, mas vários setores da vida. Às vezes essa atitude, principalmente num momento de crise, é acompanhada de baixa resistência orgânica, ficando mais suscetível a gripes e infecções. Mas varia de acordo com o ponto mais vulnerável de cada um: a pele, o estômago, a hipertensão. É importante saber que esse calcanhar de Aquiles não age sozinho. Colaboram para o surgimento dessas e outras enfermidades o sedentarismo, a alimentação inadequada e as tensões da vida diária. Afeta principalmente quem trabalha sem prazer.

Sintomas de somatizações não são as únicas possibilidades. Multiplicam-se os casos de ansiedade aguda(crises de pânico podem estar relacionados a isso), e num ponto mais extremo, o sentimento de descrença total, a perda da esperança, podendo caracterizar uma espécie de morte psíquica. É quando não se acha sentido em nada e se pensa que nunca vai acabar o sofrimento.

Economizar é a tônica de muitas famílias e os filhos vão crescendo com essa sensação de que o dinheiro vai faltar a qualquer momento. Em cursos realizados pela economista Susan Leibig, ela percebeu que pessoas com padrão de vida e ganho semelhantes apresentam rendimentos extremamente diferentes um dos outros. Por que o dinheiro de um rende mais do que o dinheiro do outro? O padrão familiar é mais uma explicação. Por repetição de estratégia as pessoas vão assimilando a relação que devem manter com o dinheiro, e quando repetem o medo da falta constante acabam ganhando apenas para pagar as contas, quando ainda dá para isso. Essas pessoas quando conseguem ganhar mais inevitavelmente aparece algo a mais para pagar. Para Susan, não existe explicação única para isso. A resposta está na psicologia, na física quântica, e na sua opinião, a energia do dinheiro coincide com a junção de dois mundos o da espiritualidade e da materialidade. Em suma, só recebe quem sabe dar, quem é generoso com o outro e doa bem-estar material. Este está pronto não só para ganhar dinheiro, mas para usufruir com prazer da própria riqueza.

Muitos podem não compartilhar dessas ideias, mas não parece restar dúvidas de que as crenças pessoais de cada um, sejam elas de que ordem for, estão de fato na raiz da sua personalidade e de seu comportamento e, em última análise, constituem a estrutura básica que se abre ou se fecha para manipular todos os recursos que um ser humano possui. Inclusive o dinheiro.

Revista Viver Psicologia (Mente e Cérebro)

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