Falta de desejo sexual interfere na autoestima

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A Mulher precisa estar de bem com a saúde e com a mente para sentir prazer

Durante muito tempo o prazer feminino nas relações sexuais foi preterido ou simplesmente ignorado. Felizmente o ponto de vista mudou. Além da mulher reconhecer que é tão merecedora do orgasmo quanto o homem, antigos tabus sobre a sexualidade feminina estão sendo revisitados. A frigidez é um deles. O mal não trata-se apenas da falta de prazer feminino sem motivo aparente, como no passado já foi encarado. O problema também não é um inconveniente sem cura. Frigidez é um termo incompleto para definir a inibição do desejo feminino.

O distúrbio sexual se caracteriza pela diminuição da libido e ausência de orgasmo e, pode abalar a autoestima das mulheres que sofrem com a falta de prazer nas relações sexuais.


Entenda como a falta de desejo sexual interfere na autoestima

Existem as mulheres que não conseguem encontrar o ponto máximo de uma relação sexual em situações específicas de incômodo ou cansaço. Por outro lado, há quem já tenha encontrado o clímax durante um período da vida, mas, por algum motivo, parou de sentir ou apresenta dificuldades de se entregar a uma relação. E, por fim, há um grupo de mulheres que nunca vivenciou a experiência do orgasmo.

Há duas causas básicas que impedem a mulher de atingir o orgasmo. A primeira e, de certa forma mais fácil de tratar, é a orgânica. Distúrbios de hormônios podem influenciar durante o momento mais íntimo da relação, o que acontece com a minoria delas. Nestes casos, apenas a reposição destas substâncias no corpo resolvem a ausência do prazer intenso.

O outro fator que atrapalha o desempenho sexual está ligado ao emocional e afetivo. Estes demandam mais tempo para resolver e exigem um estudo aprofundado do histórico da paciente.

Por conta da dificuldade, algumas mulheres ainda resistem a procurar ajuda psicológica. Há ainda a necessidade de aprender a respeitar certos momentos da própria vida, que inibem o apetite sexual. Os primeiros meses de uma gestação, por exemplo e o pós-parto bagunçam a produção de hormônios, o que impedem muitas vezes o desejo de sexo.

No caso das mulheres que se tornaram mães, por exemplo, a produção dessas substâncias acontece de forma diferenciada porque o corpo feminino entende que é o momento de cuidar do bebê e a ovulação - e, assim, os hormônios que estimulam o sexo - passam a ser algo secundário.


Tratamentos para o prazer

Para conseguir apimentar uma relação sexual as mulheres possuem uma arma poderosa e que nem sempre conhecem a fundo: o próprio corpo. Conhecer os pontos mais sensíveis, ajuda a relaxar na hora certa e permite o encontro com orgasmo.

Soluções não faltam para quem quer encontrar o prazer na relação, mas parte da solução pode estar no parceiro. Muitas mulheres não cogitam a possibilidade de pedir para que o parceiro faça mudanças na rotina sexual do casal. Elas sentem tanta vergonha que preferem não falar. A baixa autoestima pode sabotar algo que poderia ser revisto com uma simples conversa entre parceiros. O parceiro também pode ajudar na busca do prazer e ambos, de maneira íntima, têm a chance de encontrar juntos zonas do corpo mais sensíveis.

Mas para isso o primeiro passo é conhecer seu corpo, conhecendo a si mesma.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

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