Estudos Junguianos

Traumas - Você Tem?

12:02


O que acontece no mundo interior quando a vida exterior se torna insuportável? Como esse mundo interior compensa as experiências catastróficas do mundo exterior? Como vai continuar a psique da vítima do trauma?

Os sonhos são uma boa forma de compreender o funcionamento interno, mas não só eles. A terapia Junguiana talvez seja a mais completa em termos de teoria e procedimentos para entender e lidar com os traumas.

As defesas arcaicas protetoras que garantiram a sobrevivência do espírito humano após o golpe aniquilador do trauma não costumam se identificar facilmente, e nos sonhos primeiramente, podemos buscar o simbolismo. Há uma série de formas posterior para conversar com essas defesas e descobrir como ultrapassa-las ou não mais, conforme o nível em que atuam. 

Vamos entender TRAUMA, como qualquer experiência que cause a criança uma dor ou ansiedade psíquica insuportável. Essas experiências insuportáveis excedem as medidas defensivas habituais, e funcionam como um escudo de proteção. Um trauma se forma não só de um abuso sexual ou físico, que podem ser únicos e muito potentes, mas também daqueles “pequenos traumas”, onde as necessidades de dependência são insatisfeitas e se acumulam atingindo um efeito devastador.

Essas defesas que se formaram são chamadas arcaicas pois vieram antes que um ego coerente e suas defesas naturais, estivessem formados. Também chamadas de defesas primitivas ou dissociativas, já que separam como consequência do trauma nossa cognição dos nossos afetos, nossos afetos das imagens, as imagens das sensações, com muitas variações entre si. Somos separados da nossa integridade e é exatamente isso que nossas defesas arcaicas buscam, nos proteger impedindo pelo resto da vida que voltemos a ser inteiros novamente. Em última instância quando tentamos fazer isso de forma inapropriada, normalmente inconsciente, as defesas para preservar o que formaram em nós são capazes de nos matar, nos fazendo adoecer ou nos impulsionando a tirar a própria vida.

De forma bem precária vou simbolizar a situação: você é uma criança sem força física, emocional e psíquica ainda, e é colocada para lutar num ringue com um lutador adulto e profissional, com seu corpo robusto e suas estratégias estabelecidas. A única forma de manter a vida alí e que nem precisou ser aprendida são as formas instintivas, então você pode tentar chutar, gritar, morder, arranhar, dar tapas, socos, da forma que pode ou talvez sabendo que não pretendem matá-la vai apanhar calada. Você sobreviveu e como foi potente naquele momento ou em muitos pequenos momentos você não teve chance de decidir. As defesas arcaicas tomaram seu lugar e decidiram que iriam permanecer, assim como um pai bruto decide que vai proteger seu filho da violência do mundo com o castigo de ficar trancado no quarto para sempre e apanhar se tentar sair. 

Com o tempo seu ego consegue desenvolver muito fragilmente e usar algumas defesas naturais, mas como sobreviveu sendo defendido por “alguém” que mora dentro de você, sem ter que pensar, permite que a confiança nesse comportamento se instale sem espaço para a percepção das consequências.

A questão é que essas defesas primitivas não apenas caracterizam psicopatologias, como também as causam e o custo dessa proteção é conviver com um “falso eu” até o fim. Elas são diabólicas e sinistras e num nível muito elevado são as próprias possessões.

Os sonhos nos permitem saber o que essas defesas querem, o que elas fazem e como, e, num tempo maior como ultrapassá-las. Eu não diria vencê-las pois um embate direto com o demônio é morte certa, física ou mental. Essas defesas não são “ensináveis”.

A terapia nos permite dialogar, compreender, estabelecer alguns limites, conviver melhor, suportar, criar estratégias, aprender novas formas de se defender, fazer descansar os demônios. Mas não é em cima deles que construímos uma outra mente, e sim através deles. E quanto mais inconscientes somos de suas presenças, mais poder eles têm sobre o resultado de nossas vidas. 

Não se ensina um demônio compulsivo por comida ou sexo, ou poder. Não se ensina um demônio a não procrastinar, a não autossabotar nossa vida. Essas são algumas das formas que eles têm. E podem ser muitas, normalmente disfarçados eles comandam nossas vidas, entrando pela porta da frente, como uma paixão avassaladora, uma ótima oportunidade de trabalho ou ganho financeiro, uma torta saudável que você resolve comer três. Tudo para você não chegar perto da ansiedade do trauma. Quem tem impotência diante de alguma situação, brancos mentais em alguns momentos, quem não consegue lidar com determinados tipos de personalidades, quem não consegue avançar mesmo sabendo como, pode estar nas mãos desse malfeitor que mora dentro. 

Projetos e planos não bastam, se não conversarmos com essas defesas a vida será um ciclo vicioso, vivendo as mesmas coisas, aparentemente fazendo tudo de forma diferente, estaremos fadados a cometer os mesmos erros, voltar sempre para o mesmo lugar, mesmo que tenhamos empenhado tudo que temos na tentativa de que dessa vez seja diferente. 

Se quiser encontrar ou reeencontrar seu verdadeiro EU, que pode ter sido abduzido por algum trauma, precisa parar e pacientemente e diligentemente buscar alguém para te ajudar a chegar àquela dor, pois sozinho teu demônio vai perceber e te impedir de voltar lá, para tocar, assimilar e poder seguir adiante.

Luciana Sereniski
CRP 12!06912

Autodesenvolvimento

Você tem uma Relação Amorosa Equilibrada?

11:56


Para Jung não existe relacionamento psicológico entre duas pessoas que estejam num estado de inconsciência. À partir de qualquer outro ponto de vista, do fisiológico por exemplo, elas poderiam ser consideradas como estando relacionadas, mas não poderíamos dizer que seu relacionamento é psicológico. Vamos considerar fisiológico como sexo agradável. Assim como não é incomum pessoas se relacionarem por uma ligação espiritual, mas isso também não significa que é um relacionamento psicológico. Do ponto de vista psicológico união porque o sexo entre os dois é muito bom e união porque somos espiritualizados é uma não relação, exceto se examinado à luz da psicologia. Assim  também quando apenas uma das partes é consciente, não se considera uma relação psicológica. 

Considerando que o instinto é inato, automático, uma pessoa dirigida por sua parte sexual é inconsciente. Os instintos podem nos levar a uniões, mas, o que acontece depois? Um instinto não examinado é indício de inconsciência e característica fundamental da mente não desenvolvida. Os instintos precisam ser percebidos e orientados, a ponto de se tornarem extintos alguns determinantes que levam a comportamentos inconscientes.

Por outro lado, Jung acredita, que o espírito seja uma coisa perigosa e não crê na sua supremacia, acredita sim num corpo inundado de espírito, na qual Yin e Yang, se unem numa forma viva, e, portanto uma relação baseada somente na espiritualidade (gostaria de que se considerasse aqui também aquelas pessoas que se unem apenas por terem objetivos comuns, mas pensam que foi por amor) também é inconsciente. Me veio a ideia cristã de que seríamos cheios do Espírito Santo, se quiséssemos, e nunca dito que nós seríamos o Espírito Santo.

A parte fundamental onde reside a relação psicológica é no equilíbrio entre espírito e instinto, resumidamente Jung diz: “Uma característica animal excessivamente forte distorce o homem civilizado, e, um excesso de civilização produz animais doentes.

Recebemos em psicoterapia poucas pessoas que se consideram “espiritualizadas”, exatamente porque elas se consideram melhores do que outras, como se tivessem ultrapassado o psicológico e isso as torna raras e portanto superiores. E acreditam que psicólogos têm conhecimentos inferiores aos seus, que beiram a santidade. No oposto também recebemos menos instintivos, exceto quando eles têm a consequência arrasadora dos seus atos. Eles se gabam de viver e  fazer o que tem vontade, se rotulam de livres, mas se sentem constantemente ansiosos não percebendo as correntes que os prendem e tem medo que a terapia os imponha algum limite. E imposição não pertence a terapia, esse é um espaço de escolhas e escolhas próprias.

Essas duas classes quando chegam à terapia só vêm em busca de apoio aos seus comportamentos, são aqueles que fazem algumas sessões e quando percebem que vão precisar mudar ou não recebem o agrado necessário dão o fora rapidinho. Os mais comuns em terapia e os que ficam são os que têm um mínimo de consciência e suportam os erros. Na maioria das vezes os instintivos preferem só os medicamentos e os espiritualizados, bem, esses não precisam de ninguém. 

Nenhuma pessoa que viva nesses opostos deve negá-los. Esse material é muito bem-vindo e respeitado e usamos apenas para interpretar a mensagem que despertará a consciência.

Eu citei no início que aqueles vínculos não podem ser reconhecidos como relação psicológica, exceto se examinado à luz da psicologia. O que isso significa? Não é incomum duas pessoas opostas se vincularem e acabar não se relacionando, apesar de casadas, porque vivem em mundos diferentes, porque tem linguagens diferentes. Mas essas relações podem ser viáveis e inclusive podem ser bastante positivas se examinadas, pois podem proporcionar o equilíbrio individual. Por não saber disso elas podem acabar se separando e logo em seguida sentir muita falta uma da outra, pois aquele ou aquela é quem poderia ser espelho para lidar com seu mundo oposto ou não necessariamente lidar, mas complementar e trazer um alívio necessário num primeiro momento. O que de certa forma traria um certo  equilíbrio e vantagens em termos de autodesenvolvimento. Quando os dois estão no mesmo polo é mais difícil perceberem a necessidade de também agregar o outro em si mesmo e consequentemente na relação. Já os espiritualizados descartam o prazer material e os materialistas descartam o prazer espiritual, o que dificulta chegarem para examinarem suas relações à luz da psicologia. Ainda assim todos temos momentos de consciência e se não a negarmos podemos nos aprofundar mais.

Portanto sim, podemos buscar esse equilíbrio que nos permite adentrar nosso Eu profundo e ter nossa verdade conhecida em relacionamentos que não são os mais equilibrados, desde que estejamos conscientes deles e os utilizemos para nos examinar. Esse é um dos propósitos das relações e talvez seja o único, pois os opostos são realmente encantadores e nos mantêm magnetizados e por isso buscamos crescer neles e com eles e os iguais são tão mornos, pois já o temos em nós, que podem cansar e também buscarmos melhora-los, ao invés de nós mesmos. Mas nada melhor  do que a relação de duas pessoas equilibradas. E acima disso, nada melhor do que uma relação equilibrada consigo mesmo, independente de ter ou não uma relação amorosa com um outro. 

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

O Poder do Agora - Como começar para estar no Agora

15:47


Comece assim para estar no Agora:

1 - Com seu Eu Superior ouça sua voz que diz através de pensamentos repetitivos principalmente aquelas coisas que você escuta há anos. Observe o que você acredita há anos. Mas não julgue.

Não ache seu pensamento certo ou errado, apenas observe o que você acha sobre. Se você julgar é o pensamento, não o Eu Superior. Quando você pensa e vem o julgamento da coisa há a ideia de que você se identificou com o pensamento, então é o próprio pensamento quem cria o falso Eu - Ego que se identifica com ele. Quando você se mantém com seu Eu Real só observando, não há identificação. Se não há identificação ele não recebe tua energia (carga emocional) e o pensamento involuntário e compulsivo desaparece.

Ex.: Você precisa realizar algo. Vem o medo de não conseguir. Quem é o medo? Um pensamento. Se você se identificar com o pensamento terá o medo. Se observar o pensamento, que o pensamento trouxe o medo, você não o julgará por ele o ter trazido. O pensamento não é teu inimigo. Ele deve ter a sua razão para aquilo, que é apresentar o que tem dentro de Si. 

Mas se você aceita o Medo não rompe aquilo lá dentro. Se observar como o Medo vai fazendo para se posicionar. "Ele é um pensamento". Observe como ele vai usando o teu corpo, criando arrepios, ansiedade, mas você vai apenas e apesar do pensamento continuando a fazer, não resistindo, não procrastinando, não havendo a identificação com o pensamento. Isso vai fazer você ir em direção àquilo que você é, que está atrás do pensamento do Medo.

Esse ir além do pensamento nos leva para interrupção do fluxo mental, um vazio se abre. E você começa a sentir paz, serenidade. Não é um transe, onde você fica serena, mas inconsciente. É uma paz serena, mas com vitalidade, te alerta, te foca, e é consciente. Você faz sem pensar o que precisa ser feito. É como se fosse aqueles minutos de inspiração que temos e pintamos, escrevemos, criamos algo sem cansaço porque não houve um pensamento me cansando. O pensamento é que me cansa, não a criação. Ela me dá inclusive mais energia. Você está presente naquilo.


2 - Outra forma é a meditação - Você não observa o pensador, direciona a mente para o agora. Está andando, presta atenção com qual perna pisa no chão. Está escrevendo, fica olhando a letra sair da caneta. Isso é estar no presente. Ficamos alertas, mas conscientes. É passar creme no corpo se percebendo, quente, frio, como sente a mão.

Sabe o que atrapalha estar no presente? É  nosso pensamento dizendo: Não sei se estou, acho que não consegui. Porque ele é concreto e não consegue tocar o presente. Ele só pode ser sentido.

O passo mais importante na direção do Eu é se separar (dissociar) do pensamento. Então você vai ganhando consciência.

Você sabe que está no Eu-Ego quando o pensamento continua tentando trazer o medo, a raiva, as ideias da memória do que não deu certo. Se você só olha ele, e continua avançando porque teu referencial não é o passado, as memórias, o que houve, mas teu futuro, você vai ultrapassando o pensamento. E se você está criando no agora, então mesmo que não tenha dado certo no passado você sabe se o futuro dará certo porque isso já está acontecendo no presente, já que de fato não existe essa separação. Tudo é Agora. 

Você pode pensar: Eu quero tanto mais dinheiro no futuro ou um relacionamento e não está acontecendo no presente. Mas, se você continuar fazendo no presente e não julgando o agora, vai entender que o que  está acontecendo "agora" é o necessário para que você consiga. Se desistir você desistiu do futuro, do presente e voltou ao passado.

Para saber se você está no presente, e se o que você deseja para daqui a pouco vai acontecer, perceba se há paz em você neste exato momento, realizando o que precisa realizar, sem contestação.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

Mudando as Crenças - Parte 5

11:23


- Para mudá-las você precisa enxergá-las (A dinâmica postada na segunda vai auxiliar). Quanto mais você vê mais pode assumir o controle.

- Uma crença é uma perspectiva de como você vê o mundo. Se quer mudar para outra perspectiva imagine como seria se sua vida fosse como quer, sem se preocupar se é verdadeiro. Só assim será a verdade.

- Para ajudar no controle perceba que todas as recordações negativas demonstram o que você tenta evitar na vida e as positivas, como para você a vida deveria ser. Mas não pode usar isso para justificar seus comportamentos prejudiciais. 

- Ser capaz de se ver recorrendo a sentimentos infantis ajuda a rir de si mesma. Faz com que você mude para atitudes mais maduras.

- Precisa-se ter muita vontade e coragem para fazer aquilo que se teme. 

- Mentalmente (imaginando) voltar aquela situação e tomar a decisão que gostaria de ter tomado e que evitaria o constrangimento que veio depois da situação. 

- Também é viável escolher pagar o preço pelo erro no momento presente. Se, por exemplo, no passado tirou algo de alguém,  pagar de alguma forma. Se mentiu, revelar se for possível, ou não realizar mais a coisa em outras situações semelhantes. Isso ressignifica àquela e muda a crença.

- Reinterpretar as memórias da infância ( postada segunda) e escrever as novas crenças interpretadas para assimilá-las. 
Ex: EU TENHO QUE SER SEMPRE QUERIDA, SIMPÁTICA PARA GOSTAREM DE MIM, SE EU EXPRESSAR MINHAS OPINIÕES CONTRÁRIAS ACABAREI SENDO PUNIDA E HUMILHADA, ESTOU A MERCÊ DOS OUTROS. ENTÃO EU SORRIREI E SEREI BOAZINHA E CONFORMADA.

PARA:

EU NÃO PRECISO SER SEMPRE QUERIDA. EU DEVO MANTER O MEU BOM SENSO, SATISFAZER MINHAS PRÓPRIAS NECESSIDADES ME FARÁ FELIZ. EU SOU RESPONSÁVEL PELA MINHA VIDA E LEVAREI EM CONTA MINHAS NECESSIDADES BEM COMO AS DOS OUTROS.

- É Angustiante, mas não é Perigoso. (Você é um adulto, não um bebê)
É ANGUSTIANTE FALAR EM PÚBLICO, MAS NÃO É PERIGOSO.

- Agindo “COMO SE” - Pode parecer artificial, mas fingir no começo ajudará a chegar lá. MAS EM FORMA DE IMAGINAÇÃO E HABITUALMENTE E COM EMOÇÃO FORTE DO QUERER QUE ACONTEÇA. VIVER “COMO SE”

- A busca para mudar crenças começa primeiro deixando de lado todas as crenças e encontrar a sua crença, que no final é a Verdade, por si mesma sem referenciais do que alguém crê. Na verdade não seria buscar nova crença, mas deixar com que a verdade interior aflore, e então não é uma questão de acreditar em algo, mas SER aquilo. Quando você tenta reorganizar seu passado racionalmente, você escolhe algumas coisas que quer viver, a questão é que as noites escuras virão automaticamente, seus prazeres estão misturados com suas dores. Mudar também é abrir mão de alguns prazeres que trazem ou trouxeram dores, para acessar prazeres diferentes. É como terminar uma relação, terminar aquele sentimento que temos medo que morra porque também morrerá as lembranças boas, mas se ele for amor ele nascerá depois de outra forma mais adequada. É não ter medo de que algo se encerre em você com todas as suas nuances para que uma verdade nasça. Se aquilo que era visto como positivo também for a verdade, ela volta. 

- Uma crença meramente aprendida é como uma droga, parecemos zumbis. Um zumbi pode ser muçulmano, católico. Às vezes se cansam e mudam de rótulo, muçulmanos viram católicos e católicos viram muçulmanos (Não estamos falando de religião, foi só para exemplificar como mudamos). Disfarçam que mudaram, mas apenas trocam de roupa, não chegam ao SER. Não se pode alterar nada respeitoso sem inconveniências. NÃO SE MANIPULA QUEM FOI REINTEGRADO. Enquanto não nos reintegrarmos seremos adolescentes seja aos 18, 30, 80. QUEM É SUAS PRÓPRIAS CRENÇAS NÃO PRECISA DE LUGAR SEGURO, ELA É O PRÓPRIO PORTO, ELA NÃO PRECISA DE PROTEÇÃO, GUIA. Tudo que ela tem é gratidão, mas ela não compreende o que é gratidão, porque não precisa disso. A existência só compreende o SER, e então a gratidão é ela e ponto. VOCÊ PRECISA ENCONTRAR AS PRÓPRIAS REGRAS. NÃO JOGUE O JOGO DOS OUTROS. NÃO PODEMOS PERDER A PUREZA DE CONSCIÊNCIA. UM CORAÇÃO CHEIO DE CONCLUSÕES ESTÁ MORTO.

SER A VERDADE É O CAMINHO PARA LIMPAR AS CRENÇAS QUE ESTÃO TE FAZENDO TÃO MAL.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Os conteúdos postados sobre Crenças, são parte do Curso on-line, por isso não estão em forma de textos organizados. São ideias soltas. 

Autodesenvolvimento

Crenças. Saiba Mais - Parte 4

15:55


Tudo que você gosta e todas as coisas que você detesta tem sua origem no seu sistema de crenças. Ela é o núcleo de sua personalidade.

Suas crenças são unicamente suas. Levamos tão à sério que nem lembramos que o outro pode estar vendo a mesma situação de forma totalmente diferente. Cada ação, cada palavra, cada emoção, pensamento é resultado do seu próprio sistema de crenças.

A vida, as pessoas foram te apresentando situações e te mostrando como tinha que ser, mas uma inteligência somente sua era quem escolhia como veria a vida.  PARA O BEM E PARA O MAL, mais ou menos aos 5 anos você já tinha uma lista enorme sobre o que era verdade ou mentira, certo ou errado, bonito ou feio.

Algumas crenças nos fazem felizes e devemos manter, mas as que nos fazem infelizes porque a resistência em mudar? Queremos que os outros mudem para que possamos manter nossas crenças e sermos felizes, ao invés de mudar as crenças para sermos felizes.

Noventa (90%) por cento das crenças nos servem e devem ser mantidas. UMA CRENÇA É UMA PAIXÃO - É POTENTE E PODE SER O IMPULSIONADOR PARA CONSEGUIR SEUS OBJETIVOS. Mas, 5 a 10% estão totalmente erradas desde que foram criadas. Algumas até eram apropriadas para um momento, não são mais. A crença é uma convicção mais profundamente arraigada. 

É fácil mudar, abandonar crenças quando você vê vantagens, benefícios, mas as que você não antevê benefícios?

EX: MENTIR.
Se sou punido quando faço algo errado, e a mente naturalmente evita a dor para buscar prazer, vou mentir na próxima vez, para ver se funciona. Se der certo, aparentemente resolvo meus problemas e a crença se instala.
Mas se a mentira causar problemas maiores então isso poderá mudar a crença e evitá-la.

ROUBAR, TRAIR: Se realizar isso é visto pela pessoa como positivo porque traz prazer, poder, dinheiro, admiração ela vai continuar. Só vai mudar quando acreditar que não é mais uma coisa boa para ela - Traz mais dor que prazer.

PREOCUPAÇÃO: Se você se preocupa com alguma coisa talvez ela não aconteça.
Essa é a crença que está por trás do hábito de preocupar-se. Mães aprenderam que a preocupação pelos filhos é esforço nobre e se elas se preocuparem a coisa não vai acontecer. 
Como a maioria das coisas que nos preocupamos não acontece, isso reforça a crença que devo me preocupar.


SETE crenças essenciais das pessoas bem-sucedidas

1 - Você é o melhor conhecedor de Si Mesmo

2 - Não há nada de errado com você - Não há nada a ser consertado

3 - Você já possui todos os recursos de que necessita para alcançar o Sucesso

4 - Você pode realizar qualquer coisa se fracionar a tarefa em partes suficientemente pequenas

5 - Se o que você está fazendo não estiver funcionando, tente algo diferente. 
Livro: Quem mexeu no meu queijo: O rato ao descobrir que o que fazia não funcionava, fez algo diferente. O humano arrumou alguém para colocar a culpa.
O que nos parece normal ser é muito mais um produto da nossa programação mental do que do nosso potencial.

6 - Não existe fracasso, somente um feedback negativo sinalizando que você precisa melhorar. 
Você só fracassa quando decide parar de aprender. Se chega ao sucesso após vários fracassos. Se deseja o sucesso precisa aceitar e estar preparado também para o fracasso..
Na verdade ninguém fracassa. Quem fracassa são os planos, estratégias, táticas.
Escolha a área da sua vida e dê permissão a Si Mesmo para fracassar, pelo menos 10x.
Ex. Se aprendendo uma receita 10 tentativas
Escrevendo um livro - 10 capítulos.
Procurando emprego - 10 nãos

7 - Você está criando seu futuro AGORA - Se continuar como está vai atingir seu objetivo?


IDEIAS SOLTAS QUE PODEM TE AJUDAR A PENSAR:

É DIFÍCIL MUDAR CRENÇAS PORQUE ELAS SÃO A IDENTIDADE DA PESSOA, E MUDAR A CRENÇA MUDA O QUE SOMOS, COMO NOS ENXERGAMOS, O QUE SENTIMOS. TUDO PELA IDENTIFICAÇÃO COM O EGO. AO NOS TORNARMOS CONSCIENTES DE QUE NÃO SOMOS O EGO, PERDEMOS AS IDENTIFICAÇÕES.

Lembram que Jesus dizia que as pessoas entrariam no reino dos céus, se fossem como as criancinhas. Porque? Exatamente porque, ou elas não tem crenças ou tem um mínimo delas e com pouca potência, e então acreditam que tudo é possível. Entrar no reino dos céus é entrar no seu próprio reino e atingir todo seu potencial e assim conquistar o que deseja e é justo.

AS CRENÇAS - AS ESTRUTURAS DE REFERÊNCIA PELAS QUAIS VOCÊ VIVE - VÊM DE FIGURAS AUTORITÁRIAS E SÃO BASEADAS NA CONFIANÇA QUE SE TEM NESSAS FIGURAS, QUE GERALMENTE SÃO OS PAIS. UMA VEZ QUE A CRENÇA PERMITE QUE VOCÊ ACEITE APENAS AS INFORMAÇÕES QUE A APOIAM E FAZ COM QUE REJEITE AS INFORMAÇÕES QUE A CONTRADIZEM. MANTER AS CRENÇAS PROGRAMADAS POR OUTROS SIGNIFICA ABRIR MÃO DO SEU LIVRE ARBÍTRIO, POIS VOCÊ SÓ PODE ACEITAR INFORMAÇÕES QUE APOIAM SUA CRENÇA, E SE ESSA CRENÇA FOI FORMADA POR OUTRO INDIVÍDUO, ENTÃO NÃO É VOCÊ CRIANDO A SUA REALIDADE, E SIM AQUELA PESSOA QUE LHE IMPÔS AQUELA CRENÇA.


Luciana Sereniski
CRP 12/06912

O conteúdo faz parte do Curso On-line.

Autodesenvolvimento

Como se formam as Crenças - Parte 3

13:37


Imagine que um dia você acorda em uma terra habitada quase inteiramente por gigantes. No início você fica apavorada, pois o barulho ensurdecedor e a desconfortável sensação de estar afundando e caindo a acompanham aonde quer que vá. Depois de algum tempo, no entanto, você percebe que muitos dos gigantes lhe parecem amigáveis e que um deles em particular, demonstra um interesse especial por sua segurança e seu bem estar.

Agora imagine que certo dia, sem nenhum motivo aparente, o gigante em quem você aprendeu a confiar berrasse com você, o ameaçasse, até mesmo batesse em você. Como seria voltar a se sentir seguro num lugar como esse? Deve haver alguma lei nesta terra, algumas regras que você possa aprender para ajudá-la a sobreviver.

Numa outra ocasião, você conhece mais pessoas pequeninas como você. Elas demonstram gostar de você e, na companhia delas, logo se sente mais segura. Juntando tudo que aprendeu observando os gigantes e ouvindo o que eles lhe ensinaram, você começa a perceber como agir para permanecer em segurança.

Faça o que lhe mandam. É mais fácil se dar bem quando você segue o que os outros falam. Não chore. Não lute. Estude bastante. Arranje um emprego. Case-se. Tenha filhos para sustentá-la na velhice. Faça o que lhe mandam.

À medida que o tempo vai passando e você vai crescendo, a lista de coisas a fazer e de ordens que devem ser obedecidas vai aumentando, e você acaba percebendo que os gigantes desapareceram.

E então um dia, você acorda e há uma criança bem pequenina olhando fixamente para você. Ela acordou em uma terra de gigantes. E como você a ama, começa a lhe ensinar tudo o que aprendeu sobre como sobreviver nesse ambiente.

E assim o ciclo continua…

Luciana Sereniski
CRP 12/06912


Autodesenvolvimento

Crenças Limitantes quanto ao Dinheiro - Parte 2

07:51


Vasculhe lá no fundo de você se algumas dessas crenças por um acaso não vivem escondidas trazendo prejuízos para sua vida.


- Dinheiro é sujo 

- Todo rico é ganancioso 

- Para ganhar dinheiro outra pessoa tem que perder 

- É impossível ficar rico sendo honesto 

- O dinheiro corrompe 

- Ficar rico é pecado 

- Só se ganha muito explorando os outros 

- O dinheiro escraviza 

- Se eu ficar rico posso ser vítima de violência 

- O dinheiro está escasso 

- Nunca vou conseguir ganhar dinheiro 

- O dinheiro não é pra mim 

- Se eu ganhar mais vou ser explorado 

- A pobreza é culpa dos ricos 

- O dinheiro muda a personalidade para pior 

- Quem é rico não tem amizades verdadeiras 

- Riqueza atrai muita inveja 

- Não sei guardar dinheiro 

- Não sei ganhar dinheiro 

- Eu não gosto de dinheiro 

- Muito dinheiro causa infelicidade 

- O dinheiro é a causa de todo mal 

- O mundo seria melhor sem dinheiro 

- Não mereço receber dinheiro 

- O dinheiro é difícil 

- Tenho que trabalhar muito 

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Conteúdo parte do Curso on-line

Autodesenvolvimento

Crenças - Parte 1 - Dinâmica para Identificar as Crenças

16:02


A infância é sim uma fase que define a maioria dos comportamentos adultos. Tomar consciência de pensamentos e sentimentos da infância é a melhor forma de identificar comportamentos do presente. E se a ideia é mudar o futuro, então não há mais tempo. Ou é agora ou nunca. 

1 - Liste o nome e a idade atual de seus pais e irmãos e o seu na ordem de seus nascimentos. Inclua também falecidos, e idades na época. Escreva três palavras descrevendo cada um do modo como você os via quando você era criança.


Nome                                     Idade                                      Adjetivos descritivos


PAI__________________________________________________________________


MÃE_________________________________________________________________


_____________________________________________________________________


_____________________________________________________________________


_____________________________________________________________________


_____________________________________________________________________


_____________________________________________________________________


2 - Dentre seus pais e irmãos, qual era ou é o mais parecido com você? De que modo?

3 - Qual era o mais diferente de você? De que modo?

4 - Quando criança, como obtinha o que queria?

5 - Que elogios recebia, quando criança, das pessoas mais próximas: pais, professores, familiares e amigos?

6 - Que críticas negativas você recebia?

7 - Quando você morrer (no mínimo com 100 anos) que frase gostaria de ter um sua lápide para descrevê-la e como gostaria de ser lembrada?

8 - Se sua mãe tivesse um ditado ou provérbio bordado em quadrinho, que expressasse um de seus valores mais fortes, qual seria?

9 - E do seu pai, qual seria?

10 - Qual era sua história (livro ou conto de fadas) favorita quando era criança? Qual a parte favorita da história? Com que personagem você se identificava?

11 - Se você tivesse que voltar em outra vida como um animal, que animal você escolheria? Por que?

12 - Se você tivesse uma varinha mágica para mudar alguém ou alguma coisa em sua infância, o que você mudaria?

13 - Com a mesma varinha mágica, o que ou quem você mudaria em sua vida nesse momento?

14 - Que problemas você tinha na sua infância que você ainda tem nos dias de hoje?

15 - Imagine a casa em que você vivia quando criança. Imagine-se brincando em um lugarzinho escondido. procure recordar um lugar específico e de fato se “veja” lá agora. talvez no seu quarto, numa árvore, no celeiro, atrás de um arbusto. Imagine-se onde costumava estar quando era criança. Agora imagine duas pessoas muito importantes para você naquela época - pais, amigos, avós, duas quaisquer que queira escolher. Quais são as duas pessoas que imaginou? Imagine que você as ouve falando sobre você, apesar delas não saberem que você pode ouví-las. Imagine a conversa delas.

Uma diz:_________________________

A outra responde:_____________________________

Que pensamentos lhe vem à mente, ao ouvir seus comentários?

E que sensação(uma palavra) você sente?

16 - Qual é a sua memória mais antiga? É necessário que seja um incidente específico, não precisa ser particularmente importante. Também não uma memória genérica como: “Nós costumávamos passar todos os natais com minha avó”, mas pelo menos um incidente como: “Certo dia eu estava sentada na escada da frente quando vi o carrinho de sorvete descendo na rua. Eu pedi um sorvete ao meu pai e ele...etc…”

17 - Agora descreva outros cinco incidentes específicos que você recorda de sua infância. Todos devem ser memórias de eventos ocorridos em sua vida entre 2 e 12 anos de idade. 

Comece com a memória da melhor coisa que aconteceu quando você era criança.

Então uma das piores coisas que você experimentou.

Escreva um incidente do jardim de infância ou da escola primária.

Descreva outra experiência, boa ou ruim.

Descreva outra experiência trivial ou importante, boa ou ruim.

Essas seis recordações são suficientes, mas se você se envolver e pensar em mais incidentes, sinta-se livre em escrever tantos quanto queira. Não existe um limite. 

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Conteúdo parte do Curso on-line.

Autodesenvolvimento

Resolvendo a Autossabotagem - Parte 5

16:06


MUDANÇA DE COMPORTAMENTO - O robô vai se desabilitando com ações conscientes

- Tenha consciência dos comportamento e hábitos sabotadores - Identificados os pensamentos e hábitos sabotadores, pode-se encontrar os conflitos de origem. Conhecendo esses conflitos, é possível encontrar alternativas para resolvê-los, ou superá-los. Às vezes são sentimentos relacionados à pessoas ou situações que nem existem mais, não tem lógica continuarem afetando sua vida.

- VIVA O PRESENTE E ESQUEÇA O PASSADO - Eu sei que parece clichê e simples. A boa notícia é que é simples e a ideia é lógica, ontem já não existe mais, imagine as situações da semana passada, ano, década. Evaporaram. 

- Enfrente a origem - Ex: Falar da culpa - Escrever carta, confessar, queimar

- Interrompa o Ciclo: Enfrente com força o momento de dor que o robô vai proporcionar, pois é a pressão para você voltar ao comportamento anterior e voltar a sentir conforto. - Faça coisas diferentes e persista

- COMO POSSO EXPLORAR O MEU POTENCIAL? Com certeza não é com mais do mesmo.

- Reformule seus pensamentos. Domínio de si mesmo é tudo na vida. Substitua as idéias limitadoras por pensamentos produtivos. Difícil? Difícil é continuar vivendo com os resultados negativos dos pensamentos e sentimentos ruins.

- COMO POSSO EXPANDIR MINHA IDENTIDADE? Pergunte-se todo dia.

- Crie novas possibilidades: livros, vídeos, artigos, palestras, cursos. Mas use o que aprender.

- Cada um traz em si mesmo os meios necessários para o seu próprio desenvolvimento. O processo de individuação (ele é seu próprio curador interior) - Estamos sendo conduzidos para este lugar. Esse processo de Autossabotagem se extingue totalmente quando se efetua a reconciliação consigo mesmo.

- Você precisa estar disposto a perder tudo, se quiser ganhar algo e principalmente se quiser ganhar tudo, porque se não seu cérebro vai autossabotar. POR ISSO PESSOAS MUITO POBRES CONSEGUEM CRESCER, PORQUE NÃO TEM NADA A PERDER, NÃO TEM QUE SE RESERVAR A NADA, NÃO TEM VERGONHA DE FAZER, VENDER. NÃO DEIXA DE FAZER PRA MANTER A PERSONA. Lendo biografias dos grandes milionários vamos perceber que a grande maioria vivia na rua, não tinha família, morou em orfanatos, passou fome, sentiu muita dor, foi humilhado. Busque o mundo que deseja para viver, e solte o mundo fake que pode estar vivendo. Ele pode  ser a origem da sua Autossabotagem.


DICAS DE APOIO

Sempre dá para tentar de novo, tentar diferente, voltar atrás, mudar o rumo. Em toda dificuldade há uma oportunidade.

Converta sua preocupação em energia para se preparar, planejar e se dedicar.

Reflita sobre críticas construtivas, peça por elas. Afaste-se de pessoas nocivas, que te rotulam e fazem comentários destrutivos.

Foco nas soluções; não nos problemas, nas justificativas, nos culpados.

Simplifique. Não desperdice tempo ou dinheiro. Pense no custo-benefício. Defina prioridades.

Tenha grandes objetivos, e divida-os em metas menores, desafiadoras mas possíveis. Vá cumprindo as etapas até concluir o objetivo maior.

Cuide do seu corpo, da sua aparência, do seu ambiente, da sua atitude, dos seus pensamentos, dos sentimentos. Sentimento não é irracional, está no nosso controle. 

Dedique-se ao seu crescimento pessoal. Aprenda com as pessoas que admira, repare nos hábitos e na visão de mundo delas. Leia livros. Reveja seus pensamentos.

Nas situações em que você se autossabota, e agora tem consciência da sua atitude, aja diferente. Não importa se sairá bem ou não, o objetivo não é perfeição, mas progredir.

Encare desafios. Conforme vai superando-os, sua confiança e capacidade aumentam.

Seja paciente e persistente. A mudança é de longo prazo. Lute com todas as forças contra a Autossabotagem.

A maior virtude que uma pessoa pode ter não é o dinheiro, mas ser forte o suficiente para vencer o limitador que há dentro de si mesmo.


E por fim, 

PERGUNTAS REVELADORAS - Ajudam no processo de tomar consiência

- O que está ganhando ao agir assim? 

- O que irá perder se parar com isso? 

- O que acontece se você não tiver mais essa desculpa para não dar certo?

- É seguro parar com isso? COM O QUE AUTOSSABOTA

- Como irá agir sem se sentir vítima? DESSA AUTOSABOTAGEM

- Não sendo coitadinho terá atenção, cuidado e carinho?

- O que recebe agora (dos outros) com essa autossabotagem que é bom para você?

- O que eu sei de mim que prefiro não saber?

- Hoje eu fui a pessoa que quero Ser? 


Não aja com base apenas na emoção. Espere 1 dia. Pense "Por que estou sentindo isso? É válido? Qual é a atitude mais produtiva?"


Se você conseguiu ler até o final você pode ser um autossabotador, mas tomando consciência. Se conseguir à partir de agora implementar algumas dessas dicas, perguntas, propostas que foram apresentadas, em pouco tempo ou imediatamente a Autossabotagem pode se dissipar. Se não quiser , encontrará em livros, na internet, em palestras mais e mais informações sobre o assunto. A questão é que se tornar expert  não resolve a Autossabotagem, apenas torna a pessoa conhecedora do assunto. O que muda são as Ações. Que tal para variar pintar a vida com outra cor?

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Esse conteúdo em 5 partes, postado esta semana é  parte do Curso on-line sobre Autossabotagem.

Autodesenvolvimento

Autossabotagem - Parte 4 - Porque a Autossabotagem continua apesar dos danos

15:08


POR QUE A AUTOSSABOTAGEM CONTINUA APESAR DOS DANOS?

O robô vai te convencer de que está certo, enfraquecendo sua força. A rapidez do robô ao agir é muito maior do que de tomar consciência de um novo caminho, ele foi muito treinado. Ficará difícil ter novas atitudes, ter pensamentos e sentimentos modificados.

Porque as pessoas associam mais dor a promover a mudança do que a não mudar. Se uma pessoa deseja o sucesso mais alto precisa estar disposta a ter a maior rejeição, no mesmo nível. E como a rejeição não é tolerada o sucesso é evitado pelo cérebro. 


EXEMPLOS DE AUTOSSABOTADORES 

Aquele que se autoboicota é alguém que conheceu muitas dificuldades, também que já se levantou muitas vezes; seria uma virtude se não se repetisse tanto em sua vida a “dor”.

- Uma pessoa traída diz que jamais vai passar por isto novamente. Após um tempo se envolve num relacionamento igual ao anterior.

- Um profissional trabalha numa empresa e é humilhado pelo gestor ou enganado pelos colegas. Promete que tudo será diferente em outro lugar. Posteriormente muda de local e a mesma história se repete no novo emprego.

- Uma pessoa diz que irá fazer regime, porque está muito acima do peso. Na primeira crise de ansiedade come exageradamente tudo que vê pela frente, principalmente alimentos ricos em calorias.

- Alguém fala que não está feliz, mas quando sente alegria já acha que algo ruim vai acontecer para estragar tudo e realmente acontece.

- Uma pessoa insiste em investir seu coração num relacionamento que traz insegurança mesmo sabendo que não dará certo.

- Gasto exagerado com o que não precisa e jamais usa.

Esses são apenas alguns exemplos, mas são as situações mais comuns entre autossabotadores.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912



Autodesenvolvimento

Autossabotagem - Parte 3 - Pensamentos e Hábitos

10:57


PENSAMENTOS DE AUTOSSABOTADORES...

Eu não sirvo para nada

Eu não preciso de ninguém

Sem Fulano(a), não vivo

Primeiro os outros, depois eu

Depois eu faço

É o que me coube na vida

Eu não mereço

Sou azarado

Não vai dar certo

Não tenho tempo

Não tenho condições

Não tenho ajuda

Não estou pronto

Não tem jeito

Não sou bom o suficiente


HÁBITOS DE AUTOSSABOTADORES...

Arrumando Justificativas e Culpados

Atrasados, Procrastinando, Adiando

Indecisos e Inseguros

Presos à Perfeccionismo e Detalhes irrelevantes

Ocupados, Sobrecarregados, Sem foco. Não pedem ajuda.

Pessimistas, Vítimas, Azarados

Invejando e Comparando

Em maus relacionamentos, amorosos ou de amizade

Consumindo por Impulso e Perdendo Dinheiro

Desleixados, Rebeldes sem motivo e Autodestrutivos

(Drogas, Riscos desnecessários)

Sacrificando-se, Martirizando-se pelos outros

Despreparados e Reativos

Entediados e Desinteressados

Pensando Pequeno, Censurando a si e aos outros

Tímidos e Antissociais

Defensivos e Donos da verdade

Imaturos e Levando tudo para o lado pessoal

Iludidos e com Expectativas Irreais

Desistindo, não terminando o que começam

Delegando o controle de sua vidas para outras pessoas.

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

Autossabotagem - Parte 2 - Disparadores

11:00


DISPARADORES DA AUTOSSABOTAGEM

Pessoas - Você estava indo na academia e de um minuto para o outro perdeu a vontade e desistiu. Acontece inconscientemente, mas de repente alguém que acabou de entrar na academia tinha características de pessoas que você não sabe lidar, ou que te fizeram mal no passado, ou que você inveja, ou outra questão qualquer. Essa presença fez com que sua mente criasse uma falta de vontade de voltar, ou que implicasse com o professor, ou criasse uma dor física, que acontece sempre quando a autossabotagem é muito grande( lembram do robô, é ele te convencendo a ficar onde está). Pode ser a própria pessoa que você não gosta, ou inveja, ou resiste, ou características dessa pessoa em outra que podem trazer comportamentos autossabotadores. 


Lugares - Pode ser a similaridade com um lugar com lembranças ruins, o cheiro do local, a decoração, algum objeto, uma cor desse lugar. Ex.: O seu novo local de trabalho tem um perfume no ar que lembra a sua infância, a qual você viveu momentos muito tristes. Você cria resistência a sentir esse perfume que está associado a coisas ruins e acaba inconscientemente criando uma implicância com uma colega de trabalho, para justificar seu desejo de sair desse lugar. Autossabotagem é inconsciente. 


Situações - Teu novo namorado num jantar pede uma bebida, mas mantém todo o controle. A questão é que teu pai bebia e fazia escândalos. Então você inconscientemente associa aquele momento de jantar e intimidade à bebida e escândalo, tristeza, vergonha, e apesar do teu namorado estar incrível você imediatamente muda de comportamento, sensação, e começa a ser estúpida, ficar mal humorada, chateada, sabotando o jantar. A longo prazo você vai autossabotar a relação. 


ONDE A AUTOSSABOTAGEM PODE ACONTECER? EM QUASE TUDO

Namoro

Casamento

Criação de filhos

Escola

Trabalho

Família

Amigos

Saúde

Estética

Hobbys

Finanças

Relações interpessoais no geral...

Enfim, autossabotagem acontece em todos os aspectos da tua vida. E provém daquilo que muito resistimos, muito temos medo, ou muito desejamos. A consciência do porquê ajo assim é quem acaba com o problema


Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

Autossabotagem - Parte 1

15:22


Queremos agir diferente, mas não conseguimos. Uma força maior parece tomar conta de nós e gerar mesmo sem eu querer um comportamento indesejável. Esse é nosso robô interno tomando conta. Como ele se forma? Como posso muda-lo e consequentemente mudar minhas respostas?

SE FORMA UM COMPORTAMENTO - COMO MUDÁ-LO

Primeiro é importante salientar que não somos nossos comportamentos. Nem o agressivo, nem o passivo, tampouco o assertivo. Há uma enorme diferença entre você e seu comportamento e isso é positivo, já que se fosse "Eu" passaria a ideia para o cérebro que o comportamento seria permanente, ou no mínimo muito difícil de mudar.

SITUAÇÃO+COMPORTAMENTO = RESULTADO

O teu comportamento pode ser modificado, alterado, controlado. O do outro apenas influenciado. Ex: colega de trabalho mal humorado. Você pode ser influenciado, mas o teu comportamento perante a situação é de tua inteira responsabilidade. Numa mesma situação outras pessoas terão comportamentos diferentes. 

Uma vez aceitando isso, vamos ver como você pode aprender a assumir o controle do seu comportamento para direcionar para o desejado.

Primeiro e mais importante: Ter claro o teu desejado.

Segundo, saber qual fator é o responsável pelo comportamento indesejado, já que cada um pode reagir a mesma situação de forma diferente.

SITUAÇÃO+SENTIMENTO+COMPORTAMENTO = RESULTADO

A dica é controlar os sentimentos, mas COMO SURGEM?

Para entender isso vamos conhecer os mecanismos que usamos para dar respostas:

 - Lutar ou fugir - reação física automática - usada para ameaça física

 - Habilidade de expressar nosso raciocínio verbalmente - não automática - situação emocional

Seria tranquilo e usaríamos as formas adequadas sempre que ocorresse, se….
nosso cérebro não fosse incapaz de distinguir uma ameaça física de uma psicológica (ex. engarrafamento- você tem reações físicas, batimentos cardíacos, etc, quando a ameaça é psicológica - exigindo paciência, calma, discernimento).

Na infância aprendemos a lidar com as situações de determinada forma - vimos como os adultos se comportam e normalmente é de forma confusa, humor instável, ora agressivo, ora passivo. Por isso adquirimos mais prática em lutar ou fugir do que habilidade de expressar os pensamentos verbalmente.

EM SUMA: NUMA SITUAÇÃO QUE ENVOLVE AMEAÇA EMOCIONAL, TEREMOS MAIOR TENDÊNCIA EM AGIR DE MODO FÍSICO (AGRESSIVO OU PASSIVO) DO QUE ASSERTIVO. Esse processo foi internalizado. Associamos determinada situação a determinados gêneros de sentimentos. Então, por exemplo, quando seu chefe reage mal a uma questão sua, seu cérebro imediatamente volta e associa a situação a um evento com um professor, um pai, uma mãe, alguém com certa autoridade e você reage como um robô(hábito), sem perceber que na situação atual se você tivesse expressado com palavras, tudo teria sido resolvido.

COMO SE FORMA UM HÁBITO, NOSSO ROBÔ INTERIOR

Ex: Dirigir - no começo você precisa estar consciente de cada ato, com o tempo e a prática você faz automático, seu cérebro assimilou (Aprendizagem). 

Quando aprendemos a associar sentimentos a determinadas situações o comportamento decorrente não mais pedirá que haja pensamentos antes de agir: nosso robô está pronto para fazer a associação de comportamentos com sentimentos e termos um resultado, que pode ser ruim, mas é conhecido.

PORQUE NÃO CONSIGO PERCEBER QUE MEU COMPORTAMENTO É CONTRAPRODUTIVO EM ALGUMAS SITUAÇÕES? Assim bastaria reprogramar o meu robô. 

A questão é que meu robô gosta de previsibilidade, odeia mudanças e ele fará coisas para dificultar a mudança:

1 - Interpretará o resultado da situação de modo a convencê-lo que a programação dele está correta.

2 - Quando você tentar modificar seu sentimento ou conduta o robô fará com que você se sinta incomodado e tentará convencê-lo que você está errado, que seria melhor voltar a conduta anterior e você faz isso: fica confortável e reforça o comportamento do robô.

A velocidade do robô é milhões de vezes mais rápida que o pensamento concreto sobre a questão. Motivo que dificulta a mudança. 

Níveis da Aprendizagem:

Nível 1 - Inconsciência - Incompetência - Robô

Nível 2 - Consciência - Incompetência em lidar com o comportamento - Mas tomei Consciência

Nível 3 - Consciência - Competência - Aqui preciso de ajuda - Treino, treino - Assertividade

Nível 4 - Inconsciência - Competência - Robô, automático, mas conforme minha consciência desejou. 


Esses robôs podem também ser tendências herdadas, e não comportamentos aprendidos

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Próximo texto: Disparadores da Autossabotagem e em que área da vida ela acontece.

Autodesenvolvimento

A Vida pede para ser Vivida com Urgência

19:55


Mais um ano e mais do mesmo. Os mesmos planos? Vamos combinar que será a última vez?

Emagrecer e enrijecer o que detonamos mais uma vez no ano anterior. Já não está na hora de estabilizar o corpo? Mas juramos que esse ano vai.

Planejamos também conter os gastos e guardar dinheiro, investir, estudar mais sobre o assunto, pagar as dívidas. Vamos tomar consciência e desta vez ir em frente com isso?

E também resolver aquelas “pendengas” amorosas que duram anos. Sair de cima do muro, tomar uma decisão nem que seja a errada para ter a chance de arrumar mais à frente, recomeçar dentro ou fora com novas atitudes.

E aquelas promessas de se afastar das pessoas nocivas, dos empregos insatisfatórios que estancam a criatividade? Ou quem sabe treinar de uma vez por todas aquele comportamento que mudaria o rumo da profissão, da vida financeira, da vida.

E que tal aproveitar aquele aplicativo que foi baixado para começar a conhecer outro idioma e que hoje só ocupa lugar no celular e enche a caixa de e-mail com mensagens implorando para você voltar a estudar. Talvez um e-mail cheio te dê a sensação de que você está vivendo. Será?

E as pobres crianças que há anos esperam que cumpramos nossas promessas e as visitemos nos orfanatos, nos lares para adoção. As Ongs que resolvemos apoiar e não pagamos os boletos. E aquele apoio emocional que daríamos para quem passou por uma doença, um abuso, uma injustiça?

E as aulas de Yoga que pagamos, a promessa da meditação diária, as orações esquecidas.

Tem também os livros que já compramos que proporcionariam o autoconhecimento, que ensinariam as técnicas profissionais que faltam, e aqueles livros tolos que tornariam nosso ócio mais estimulante. Todos tirados o pó semanalmente. E nada aprendido.

O dinheiro que prometemos guardar mensalmente para aquela super viagem e que foi usado num final de semana de rebeldia, no Ifood ou naquela roupa para impressionar um novo par amoroso que durou um tempinho. A promessa de que teria sido o último ano sem aquelas férias maravilhosas, se tornou agora não um desejo, mas uma pendência, acumulada com a sensação de culpa. 

A mudança de visual que revelaria mais do teu Eu, a ousadia que faltava no cabelo, nas cores, na maquiagem. Sério que vão ficar para o ano que vem?

E aquelas pessoas que você deveria perdoar, soltar? Que deveria deixar ir, tirar o peso, se livrar, não olhar para trás, aquelas que você prometeu: Nunca mais. Nunca mais é sério. Se nunca mais, apaga o número, não olha rede social, queima as fotos, rasga os cartões, deleta os e-mails, esquece o nome. A vida é urgente. 

Adoro os planos de passeio, de papo furado, de falar bobagens, daquela futilidade, de comer algo delicioso sem culpa, de falar mal dos ex, de assuntos proibidos, de conhecer gente diferente. 

Adoro os planos de vida que incluem conhecer novos restaurantes, novos lugares, novos costumes, novas sensações, novas posições. E porque não? 

A questão não é o que planejamos, mas o que vivemos. Por isso este ano resolvi ter apenas um plano: Nunca mais repetir um objetivo. Será neste ano ou nunca. 

Resolvendo todos os planos até aqui esse poderá ser o ano em que você ficará rica, ganhará a promoção desejada, conhecerá o mundo, terá o melhor orgasmo de todos, ficará arrepiada de tão feliz, usará o biquine que deseja, terá seu dinheiro reserva, dormirá em paz, viverá o maior amor de todos. 

Este pode ser o ano em que você exterminará com teus objetivos de estimação, que você dará a volta por cima, que você terá a chance de sair da caixinha que esteve por anos tentando vencer as mesmas coisas. Pare de repetir a mesma vida e aja. 

Esse é meu convite para este ano, e se for repetir algo no próximo ano que seja apenas o teu perfume que deixará no ar para todos sentirem e admirarem a pessoa que você é com a lembrança de quem você foi um dia. 

Luciana Sereniski
CRP 12/06912

Autodesenvolvimento

O que cancela aquilo que determinamos?

16:56


O meu entendimento de determinação é algo terminado, é uma certeza absoluta, é algo que não falta nem excede, é aquilo e ponto final. Não se mexe, não desliza, não muda o ponto, está ali naquele lugar, daquele jeito, exatamente como definido. Se está definido foram usadas todas as potências: pensamentos, sentimentos, conhecimentos, movimentos, expressões, ações. Determinação é uma entrega total. É como definir uma cidade, sair de casa e se dirigir pela rota que se sabe para chegar naquele lugar. Se chover muito forte posso parar e esperar passar; se estiver cansada posso descansar e depois prosseguir; se errar o caminho, busco uma nova rota, demoro um pouco mais, vivo o que não era programado, até que enfim chego ao lugar definido. Então está terminado. A dificuldade de ser determinado não é algo novo, ao contrário, é muito antiga, mas o excesso de estímulos e possibilidades que a globalização, termo já velho, nos trouxe, tem trazido muitos prejuízos. 

Não me parece necessário muitos esclarecimentos sobre esses estímulos, pois neste momento lendo esse texto você pode estar ansioso para ler os outros milhões sobre esse assunto que estão disponíveis, para no final das contas não ter certeza nenhuma. Querer pular daqui para outro, querer terminar rápido para buscar outras e outras informações pode ser um indício de como você funciona com relação a determinar o que quer para sua vida. 

Um dos maiores problemas hoje é conseguir ter energia para que algo dure até se esgotar completamente. 

Não conheço alguém que tenha entrado nesses aplicativos de relacionamentos e tenha determinado  apenas uma pessoa para começar a conhecer. Conheço poucas pessoas, com as infinitas possibilidades profissionais que hoje existem, que se encontram certas e satisfeitas se aprofundando somente em uma coisa. Se ampliar parece ir para tudo e todos os lados. Eu poderia seguir, mas sei que já foi compreendido: determinação é sinônimo de existir, pois só em algo que estou inteiro é que posso entender como real. Determinação é parceiro da qualidade, beira à perfeição, que também significa algo terminado, inteiro. Determinação anda de mãos dadas com a paz, e é inimiga da ansiedade. 

Se você teve paciência para chegar até aqui é porque quer saber a resposta ao título proposto: o que faz com que aquilo que determinamos seja cancelado é o que eu considero que será a doença do futuro: a dúvida. Não a indecisão enquanto se analisa algo para depois determinar, falo das oscilações constantes por enxergar tantas possibilidades e querer viver todas. Estar na estrada é bom, mas é bom exatamente porque é o caminho para chegar naquela cidade. Já viver na estrada, constantemente mudando de opinião sobre aonde quer chegar, é estar no limbo, correndo perigo, perdendo tempo, deixando de existir. 

Mas, e se a cidade que eu determinei não for boa, se eu não for feliz com minha escolha? 

Se ao adentrar a cidade ela for uma decepção, mas você tiver aprendido como andar pelas estradas, o que te impede de pegar a estrada de novo?

Luciana Sereniski
CRP 12/06912